As cócegas podem fazer rir, mas também podem irritar muita gente.

"Seja bem-vindo quem vier por bem!" e "se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa com a gente!"

Recomendação Sonora

Sunday 28 September 2008

He is you and what he sees is himself

He is you and what he sees is himself.

He used to have limbs like everyone else, he had feelings, thoughts, aims, dreams, ways to go and a past. He used to love smiling for no particular reason and yet he could be feeling sad, alone. Alone is such a dark word. It's the kind of word everybody would fit in to a poem, or just to describe themselves. "Alone" is actually so real as "love" and "happiness".

Being left alone was probably his biggest fear. Not that it would consume him, but it would definitely designed/changed him. In fact it was thanks to that balance between loneliness and love that made him the man standing in front of you.

He realizes now that he smiles when you, my friends, smile. He does feel insecure when you are weary. He has always been a puppet in your hands. Either you can support him on what he can achieve, or you may leave him... like many other people have done before.

When he is on his own, he starts asking and judging himself really hard, with no mercy at all. He used to be too harsh on himself, he knows. But so are you. He dug holes within his skin and search for locked up forbidden memories. And he knows you do it as well. He suffers in the shadow of his own body structure, because life has been so different from what he always dreamed off. Just like you, you see? After re-spawning loads of times, he is some kind of a Phoenix now, like bird on fire with a harmless wish to spread his wings, crushing through ashes of his own body that mean words tore apart, and fly away towards that dream that no one else can see. Like you, my friends, do.

Then he realizes he was never alone, like you never were either. He is you and what he sees is himself.

Monday 15 September 2008

Escrevo-me

Sou um rapaz que escreve textos a altas horas da noite. Acho que percebo o que é que isto quer dizer.

Mais se complica quando eu tento explicar aquilo que escrevo. Ou não tenho capacidades para me interpretar ou nego aquilo que me parece ser verdadeiro.

E - palavra de honra - que isto é apenas vontade de escrever.

O lixo do chão

Vivi muito, minha querida. Vivi muito.

Um dia fui jovem, um dia fui forte e ousado.
Dominava muito bem o Mundo que me rodeava e tinha tudo o que queria.
Sempre que vinha com os rapazes para uma bebida, eu bebia sempre mais, amiga.
Eu era o primeiro a beber, o primeiro a roubar as garrafas e correr para as ruas.
Gostava de me exaltar, de me mostrar, porque eu tinha de me mostrar, de partir as garrafas na rua! Parti garrafas, cuspi no chão, urinei... lembro-me de derrubar caixotes do lixo, de espalhar bem o lixo pelo chão da rua, minha companheira.

Uma vez vi um daqueles homens metidos a esperto na rua a mandar-me limpar o que tinha sujado. Ainda correu atrás de mim. Pobre coitado! - muito longe ficou ele de me tocar.
Eu uma vez desafiei o Mundo todo, eu podia, naquela altura.

Agora, estou aqui contigo, nestas ruas... Nas mesmas ruas que um dia eu sujei. Vêm ali mais rapazes... mais jovens com a nesna idade que eu tinha antes, quando era mais novo. Vêm aí para derrubar caixotes, gritar, e desafiar-nos, amiga vassoura.

Não olhes, é muito duro, é muito duro. Eu sei que devia opor-me, mas eu percebo o lado deles... E além disso eles são mais, eu já não tenho a força que tinha... Aguenta, amiga, meu amor, não olhes... Não penses no que irá acontecer. Aconteça o que acontecer, eu estarei cá para te ajudar a limpar.

Saudade do Presente

Aos 20 anos estou num dos pontos mais importantes da minha vida.
Jamais serei mais belo, mais bem constituído, mais sedutor, mais forte e mais motivado.
Sinto e sei que estou a viver os dias dos quais os mais velhos querem voltar ou fingem esquecer.
Sou glorioso neste meu tempo que me foi dado - não sei se como recompensa pelas minhas infância e adolescência ou pela vida toda que aí vem.

Somos bem dispostos, alegres e energéticos. Temos sorrisos para os desconhecidos, e muito poucos ainda são os medos. Estou sem dúvida no meu próprio apogeu. E nisto tudo há uma grande angústia de saber que um dia vou sentir saudades, de saber que não estou a conseguir aproveitar tudo, e de - ao mesmo tempo - querer equilibrar as coisas doseando-as... como se eu pudesse guardar alguma da minha juventude para depois.

Mas a vida é um desiquilíbrio. A morte estabelece o equilíbrio. E até esse dia, eu continuarei aqui, com outro tipo de beleza, constituição, sedução, força e motivação, mas sempre com os meus pensamentos.