As cócegas podem fazer rir, mas também podem irritar muita gente.

"Seja bem-vindo quem vier por bem!" e "se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa com a gente!"

Recomendação Sonora

Sunday 30 December 2007

BOM ANO NOVO!

Foto tirada entre 1 e 12 de Agosto de 2007. Provavelmente um dos meses mais importantes da minha vida.

Desejo um feliz Ano Novo a todos! Espero que façam planos e que conquistem tudo o que planificarem. No entanto, vivam este ano com muita calma, muita serenidade e muita paz, aliás, como o resto das vossas vidas!
E o que vier...
"Que Sera, Sera,
Whatever will be, will be
The future's not ours, to see
Que Sera, Sera
What will be, will be."

Saturday 29 December 2007

Que achas do Natal?

Bem, para começar, podemos ver que ganharam estatisticamente os revoltados. "Revolution, the only solution", já lá diziam os System of a Down!
Mas está tudo mais ou menos equilibrado. Há gente para tudo, podemos ver.
Isto é um ponto positivo, porque as coisas mudaram. Antigamente toda a gente gostava, mas era tudo mais unido, mais tradição, mais sentimento, menos cifrões... Acredito que os revoltados queiram voltar a esses tempos, tempos que nós não apanhámos, mas apenas sentimos alguns cheirinhos quando vamos ter com os nossos ancestrais ainda vivos, nesta época do ano. Neste caso, a mudança não foi para melhor.
Se não estás feliz, mexe-te, faz pela mudança. Eu também não estou feliz e posso juntar-me a ti. Sei que o facto de "não me incomodar" é apenas uma maneira de evitar o sofrimento e a revolta. Faz como eu: não compres nada a ninguém no próximo ano. Nada de postais, nem essas tretas. Faz o contrário: aproveita esta época para poupar! =)
E aos pouquinhos, continuaremos a lutar e venceremos esta sociedade Capitalista! "E aí todas as mulheres amarão no tempo próprio (...) etc, etc..."

Thursday 27 December 2007

Nasci e hei-de morrer selvagem

Meu querido amigo, fica sabendo que não escrevo para ti! Não é por leres isto e comentares, que estás no centro das atenções. O teu maior problema é achares que todos te devemos vassalagem, mas fica tu sabendo, meu amigo, que nada faço para te agradar e jamais farei. Se estas palavras vêm ao encontro daquilo que pensas/sentes, é apenas pelo facto de seres um ser humano, como eu!

E isso ninguém nos tira!



Estes textos foram todos escritos segundo o que eu sinto - e não o que tu sentes! Não penses que é por dirigir os textos a outras pessoas, que os textos deixam de ser meus! Mesmo que não fossem, jamais serão teus!

Isso não me tiras!



Ris-te do que escrevo, ris-te de desdém ou ódio. A mim, pouco me importa! Isto são apenas letrinhas fazendo palavras engraçadas. Estas palavras engraçadas, quando dão as mãos formam frases giras. E essas frases giras fazem textos, e fazem uma sequência de textos... uma linha. Mas fica sabendo que fui EU que as escrevi... no meu teclado!

E isso ninguém me tira!



Ri-te, goza... ou até emociona-te e chora... MASTURBA-TE a ler estes textos... Tira deles tudo o que tu quiseres! Mas jamais serás feliz, porque tu sabes muito bem, meu amigo, que não foram escritos por ti.

E isso ninguém te pode dar!



Talvez alcançarás a sensatez e comeces a respeitar os outros um pouco mais... Talvez comeces a escrever os teus próprios textos... E isso... meu amigo... só tu podes oferecer! Não reclames a vassalagem, dá tu vassalagem aos outros... e, se tiveres tempo, escreve um texto só para mim, como eu escrevi este para ti.

E isso ninguém te pode tirar!

Seca as lágrimas!


Conheci uma menina que chorava. A menina sentia saudade dos momentos felizes que tinha tido. Queria voltar atrás no tempo e poder reviver as emoções que lhe deram mais felicidade. Como não conseguia lidar bem com isso, metia sempre o sinal de ausente ou ocupado, para ninguém a chatear. No entanto, ela não deixava de responder àquelas pessoas que sabia que a ajudavam. A infelicidade que ela não passa ao Mundo, muito antes pelo contrário – ela inspirava felicidade! E isso só lhe fazia mais confusão… “Como é que eu posso dar felicidade aos outros, se eu não sou feliz?”
A menina, na verdade, tinha acabado de fazer 18 anos. Para o sítio onde vivia, as pessoas queriam mais das pessoas que tinham 18 anos. É a idade em que se pode conduzir os carrinhos grandes, em que se podia beber as bebidas proibidas, em que se podia fumar cigarros sem ser de chocolate, em que se podia fazer filhinhos. É a idade em que as meninas pequeninas deixam de ser pequeninas e têm de ser grandes. As pessoas grandes não podem ver bonecos na TV, não podem andar nuas, não podem rir à vontade. A menina pequenina pensava nisto tudo e sentia agonia. Uma agonia, que ninguém percebia, nem aqueles que viam que ela estava mal… E o pior de tudo, mais que todos no Mundo – os bons e os maus – é que nem ela própria sabia o que se passava com ela.
Mas digo-te, oh pequena costureirinha honesta que eu namorei um dia: mesmo que um dia nos passaremos a encontrar apenas nos cafés (e tu sempre com sujeitos decentes), e nos fitarmos nos olhos… bem lá no fundo dos olhos… dir-te-ei que não cresceste. Que continuas pequena e que sempre serás. E se pensas que tens de crescer, também te digo que já cresceste tudo; porque ninguém precisa de crescer mais do que tu já fizeste – porque, caso contrário, não terias tecido o meu coração que me fizeste.
E se continuas a achar que já não és pequena, que cresceste para sempre, olha à tua volta. E nessa altura verás alguns ténis (daquela marca favorita que adoras desde muito pequenina), verás o Nestum que não deixaste de comer, o teu cheesecake que a tua mãe te deu a provar uma vez, vais ver o teu quarto sempre decorado a teu gosto, as músicas que cantas dos filmes que vias quando eras pequena (mas que não percebias), irás ver a tua mãe que nunca te abandonou e te ama como no dia em que nasceste.
E se tu não percebes o que eu escrevi, cabe a mim apagar tudo e escrever tudo outra vez… desde o início!

Saturday 22 December 2007

Atracção acidental

Sempre a andar... andar em frente... se chegares a um entroncamento, não pares; continua a andar... segue o teus instintos... vai ter aonde quiseres ir ter. O dia não te correu bem, por isso tens de andar, para encontrares algo que te recompense, algo que diga que a resposta não é meteres-te na estrada e seres atropelado. Mas anda, que hás-de encontrar algo. Isso... isso mesmo... continua... sempre a andar... não te atrevas a olhar para trás!... Se voltas a olhar para trás, juro que não sei o que te faço! Anda, anda... isso... vês como não custa nada?... Lindo menino... Só tens de confiar em mim...

Voltaste a parar. Encontraste algo que te acalmasse? Hmm... curioso! Sim, também estou a ver. É bonita a luz, não é? Repara como ela brilha... Brilha e é forte. Pisca... desliga... e volta ligar. Eu sei que já tinhas procurado esta cor antes. Já muitas vezes ligaste a televisão para veres os homenzinhos vestidos com a camisola dessa cor a correr a correr. Sei que os teus bifes são sempre mal passados. Todas as vezes que ficaste a ver o pôr-do-sol. O teu interesse obcessivo pela menstruação, que te faz desejar ser mulher. E desde pequenino que te cortas para ver esta cor sair dentro de ti... No entanto, apesar de tudo o teu amor e obcessão por esta cor não param. Mas parecem crescer... cais sempre na armadilha de ficar fascinado por uma simples cor ou tom... e, no entanto, é sempre a mesma!

E não há ninguém no Mundo! Nem neste continente, nem neste teu país! Ninguém na tua cidade, no teu bairro... neste Hospital... ninguém neste quarto... nem os médicos que se vestem de branco... ou a tua família, na sala de espera... nem mesmo o conductor do automóvel que te atropelou e fugiu... Ninguém perceberá como a cor era perfeita! Nem o quão feliz tu foste, momentos antes de trocares a vida por ela.

Friday 21 December 2007

Puro

"Vê o animal na jaula que construiste. Tens a certeza de que lado é que estás? É melhor não o enfrentares, com os olhos, de tão perto. Tens a certeza de que lado do vidro tu estás? Vê como a tua vida está agora protegida. Tudo aonde pertence... Sente o vazio no teu coração. E está tudo aonde pertence!
E se nem tudo o que vês à tua volta for como parece? E se o Mundo que tu pensas que conheces é um sonho elaborado? E se olhares para o teu reflexo, é aquilo que queres ser? E se pudesses ver através das fendas, terias... terias medo de ver?
E se o Mundo que tens na cabeça for tudo criação tua? Todos os teus demónios e deuses, mortos e vivos, e tu estás realmente sozinho? Podes viver nesta ilusão, podes optar por acreditar, podes continuar à procura, mas sem encontrar os bosques enquanto te escondes atrás das árvores.
E se tudo o que vês à tua volta não for realmente o que parece?"



Dei por mim e já passou pouco mais de um ano que fiz o "Puro". No entanto, continua "Puro". E eu sou a mesma pessoa à procura das mesmas coisas.

Tuesday 18 December 2007

Sunday 16 December 2007

"Quem abre uma escola fecha uma prisão" - Victor Hugo

Saturday 15 December 2007

"Domingo"



Manuel Fonseca

Friday 14 December 2007

A morte do Artista!




"A vida é bela"


A vida é bela.
Vale a pena viver.
Rir é giro e faz bem.
Sou feliz. he he he he he =)

LOOOOOOOOL
LOOOOOOOOOL
LOOOOOOOOOOL
DANCE!!!

Irmãos de Sangue

O João vivia fascinado com o André, com o que ele fazia. Não percebia o que fazia o André, quieto, em silêncio, tantas horas fechado no seu quarto. Costumava passar horas e horas, especialmente nos fins-de-semana e feriados, com a porta fechada. A única coisa que passava daquela porta eram sons estranhos. De vez em quando o André levantava-se, ia à casa-de-banho, mas depois voltava para o seu quarto.


Um dia o João resolveu bater à porta. Antes de o André abrir, ele conseguia ouvir vozes de pessoas e outros sons extremamente vivos. O André abriu. Entraram os dois. O João entrou devagar, enquanto que o André dirigiu-se rapidamente para a cadeira, que estava em frente de um aparelho. O João ficou em pé a observar. Que fazes? - perguntou. Nada de jeito. - respondeu o André. O André tinha os olhos cansados, mas bem abertos. Focava toda a sua atenção no aparelho. De vez em quando carregava nuns botões. O João olhou para o aparelho e viu imensa cor. O som também era apelativo. Mas era apenas um aparelho. Um aparelho. Um aparelho. Um aparelho. O João olhou para o aparelho, para aquele aparelho. Viu a cor, a cor que o aparelho transmitia, ouvia o som do aparelho, do aparelho. Quando deu por si, estava no quarto do André a olhar para o mesmo aparelho que o ele. O João tinha acordado e tudo o que desejava menos era continuar a olhar para aquela caixa. Aquilo dava com ele em doido.


Virou então o olhar para o André. O André tinha os olhos esgazeados, hipnotizado, respondendo monossibicamente a tudo o que lhe perguntavam sem tirar os olhos do ecrã. O João via que o André não conseguia tirar os olhos dali. Sem querer, e com amor, caiu uma lágrima dos olhos do João. Escorreu pela cara estupefacta dele. Ele não tinh reacção, no entanto chorava. A seguir a essa vieram outras e outras mais. O João chorava compulsivamente, mas em silêncio. Chorava pelo André. Pelo André que tinha morrido.


Silenciosamente, sentou-se no chão de perninhas à chinês ao lado do amigo, como uma criança. Secou as lágrimas com a manga da camisola e olhou para o amigo. O amigo continuava hipnotizado. Assim, o João olhou para o aparelho e, sem o desafiar ... entregou-se. Ao princípio doeu um pouco enfrentar todo aquele som e tanta cor, mas depois... passado algum tempo... já não...

Thursday 13 December 2007

O que pensas da morte?


Estão aqui os resultados finais do questionário.


É bom saber que a maior parte dos votos foram positivos ("Cada coisa a seu tempo" e "Coisa natural")


- Aqueles que pensam "Cada coisa a seu tempo", sabem que é inevitavel, mas que ainda é cedo.

- Os que têm medo têm de perder o medo, porque mais tarde ou mais cedo vai acontecer. Não podemos deixar que essa preocupação afecte a nossa felicidade em vida.

- Os que acham que "não devia haver", são sonhadores. Pessoas motivadas e que amam a vida loucamente. Ou então, medo é ainda maior que o "tenho medo".

- Os doidos como eu que acham que é uma "coisa natural" filosofica e técnicamente falando, são os mais lúcidos. Não quer dizer que queiram morrer, mas que aparentemente estão confortáveis com o tema.


A meu ver, as pessoas que mais tirão proveito da vida, que mais felizes serão, são aquelas que sabem que vão morrer, aqueles que acham que é uma "coisa natural", sabendo que "cada coisa tem o seu tempo" e que vivendo certos momentos de alegria em que só desejariam que "não devia haver", querendo ficar parados no tempo, para sempre.


O medo não é a resposta. Fear is the way to the Dark side!
Em breve farei um novo questionário, para nos conhecermos melhor. Aceitam-se sugestões! =)

Sunday 9 December 2007

Sem Rodeios

Talvez as pessoas não sentem o que é estar na minha situação. Podem perceber, porque todos somos solidários, uns com os outros, mas podem não sentir. E isto, que cá trago, no peito, é bem português, é bem meu, é bem sentimento e mais nada!

Podemos ter tido uma maneira engraçada de nos conhecer, tu no primeiro ano, eu no terceiro, conversando nos intervalos, tu levando apalpões, tu como todas as miúdas com quem falava na escola. Poderás ter ouvido falar na minha fama de garanhão, apesar de nunca me teres visto com nenhuma rapariga ou parceira temporária. Talvez, por isso, e por estares com medo de te magoares, foste adiando, rejeitando fazer-me companhias a castings, deixando-me quando era hora de entrar para a sala. E eu, não digo que estivesse apaixonado por ti, porque o amor não surge assim do nada (pelo menos comigo), fui privado de te conhecer mais a fundo, e não foi por causa disso que fui atrás de ti, lutando mais arduamente. No entanto, também não deixei de falar contigo...

Foi com alguma pena que tivéssemos dado o primeiro beijo na noite da estréia de A Cozinha, mas foi muito bom que tivesses dado o passo em frente, em direcção aos meus lábios. Namorámos durante o espectáculo sabendo, eu e tu, que apenas dois dias depois do final da PAP, eu apanharia o avião para o Reino Unido. Fomo-nos conhecendo pouco a pouco, durante essa semana e meia e fomo-nos apaixonando... Até hoje! Vim para cá, onde estou e consegui com que me viesses ver. Depois, consegui ir aí, dar-te beijinhos durante dois dias.

Isto é o que nós e as pessoas sabem. O que as pessoas não sabem, não sentem, é aquilo que me faz andar por cá. Andar por Inglaterra, sem família, sem amigos, a lutar para sobreviver, quando podia estar aí a teu lado.

Não sabem o "Se ele a ama, porque é que não vem viver com ela? Era o que eu faria..." Eles não sabem a cor dos teus olhos, quando acordas. Eles não sabem, que tu és das poucas pessoas que não precisa de maquilhagem. Eles não sabem dos teus atributos físicos desnudos. Não sabem como te ris envergonhada, debaixo dos lençóis. Não sabem o prazer que tu dás a um homem, quando estás apaixonada. Não sabem que me mandas mensagens todos os dias, gastando rios de saldo para Inglaterra. Não sabem que já choraste por mim. Não sabem que eu já chorei por ti. Não sabem como dói estar longe. Podem até saber, mas não sentem... não sentem como nós.

Eu vim para cá, para melhorar a minha formação, o meu talento, a minha profissão. Vim para cá, investindo no futuro. Não hesitei em vir, por mais que me tivesse perguntado (e ainda me pergunto), porque isto que eu sinto não é pequeno. Eu amo-te como só se ama uma vez na vida. E sei que estarás aí, mesmo que seja só como amiga, tu e amigos como o Tony, o Barroso, o Cris, o pessoal da minha turma, quando eu voltar daqui a uns anos. Eu vim para cá, porque quero ser melhor, quero crescer, para te dar e surpreender com tudo o que conseguirei tirar da vida. Vim para cá, para me tornar grande. De tal maneira grande, que todas quererão ser tu. E eu sei que não preciso de crescer mais para te dar o que queres, e isso é outra coisa que as pessoas não podem sentir.

Ninguém sabe como nós tudo o que nós passámos. Da mesma maneira que eu não sei o teu passado, por não ter estado lá. Devo confessar, que ainda vou no mês de Abril do teu blog e estou ainda mais apaixonado por ti. Tens textos lindos, sobre o teu ex, a maneira como gostavas dele e como ele gostava de ti, tu a cresceres calçando os sapatos da tua mãe, a tua groselha, a tua irmã gémea que nunca tiveste, a tua solidão, o teu Mundo que tantas vezes abriste e partilhaste naquelas páginas de internet.

Ninguém percebe que a música que tenho neste blog é por tua causa.

As pessoas continuarão a ver as tuas olheiras, os teus peitos reduzidos, o teu cabelo selvagem, e o teu sapato 39. Eu vejo isso tudo, e não mudaria nada. Absolutamente nada. Porque é assim que te amo, e é assim que te quero enquanto me amares.

Isto tudo já foi dito, isto e muito mais, por outras palavras. A única razão porque escrevo isto aqui, neste sítio, onde todos podem ler, é porque não quero que as pessoas saibam o que eu sinto por ti; eu quero que elas SINTAM!

Sem rodeios, eu amo-te!

A linha que vou traçando

Muitos são os posts/textos em que tentamos ser poetas, artistas, escritores enfim, e mostramos a nossa maneira ambígua, melancólica e metafórica de ver a vida, o amor, o que sentimos. Não é mau, e é precisamente isso que nos torna diferentes do resto do Mundo. Só percebi isso, quando vim para Inglaterra, e conheci pessoas que não pensam. Acreditem, que um jogo de palavras ou perguntas acerca da vida, e as inglesas (principalmente) entram em parafuso. O rapazes nem tanto, mas não deixam de ser fúteis, apesar de mais discretamente. Por isso, se estudas na Escola Profissional de Teatro de Cascais, como eu estudei, é normal que estejas enjoado dos blogs dos teus colegas, sempre com as mesmas visões do Mundo, com esperança e aventura. No entanto, isso não está mal. Vocês são artistas e têm mais é que partilhar. Não critiquem, AJUDEM-SE. E claro, vejam coisas novas, para desanuviar.

Quanto a mim, começo a olhar para o Mundo de forma diferente. Perdi o medo que tinha das grandes instituições, do meu pai, dos meus defeitos. Sinto-me cada vez mais arrogante e confiante, para encarar o Mundo. Sinto-me cheio de força e já me sonho um dia a dizer o discurso do outro texto (Jamais me comprarão).

Confiante, mas ao mesmo tempo amigo do amigo, sem cuspir do prato em que comi, olhando com amor para o passado e ambicionando o futuro de forma ousada e louca.
As pessoas podem pensar: "Que grande homem, gostava de ser assim", ou não. Eu, neste momento, sou aquilo que sempre sonhei. Aquilo que sempre quis. Apesar das desgraças da vida:
-Sou um cinto preto,
-Tenho o certificado para Instruir Taekwondo,
-Passei no código com uma errada melhor que o Barroso,
-Passei na condução nesta o Barroso foi melhor, confesso que deixei o car ir abaixo as três vezes (sim, eu sei que podia ter escrito "tirei a carta", mas deu mais trabalho do que escrever apenas isso - aliás, tal como tudo o que estou aqui a enumerar),
-Formei-me como actor profissional com apenas 19 anos,
-Descobri uma nova paixão por encenação,
-Fiz um anúncio nacionalmente reconhecido (Worten air guitar)
-Mudei-me para Inglaterra, onde queria continuar a estudar teatro,
-Estou a estudar teatro (e dou-me ao luxo de dizer que o meu curso é uma merda, e que naquela turma com 5 raparigas, sou sem dúvida o melhor intérprete, apesar da língua)
-Já trabalhei num Bar e agora numa cozinha (ou seja, já tenho experiência para trabalhar em qualquer sítio, caso isto dê para o torto)

Mas mais importante que tudo isso, conheci a Raquel. Mas MUITO mais importante que tudo, mesmo. O futuro vai dar-me mais, eu sei. A vida está a começar e tenho consciência de que ainda vou atingir muito mais, mas quero fazer um marco especial no tempo, hoje, agora. E, por isso, Sem Rodeios, sem querer ser artista, o próximo post é para ti.

Thursday 6 December 2007

Construção da personalidade

O teu hálito faz crescer as flores.



Mas os teus gritos fazem com que elas murchem.





É difícil ver flores a morrer à minha volta. É muito difícil.

Adeus!

Wednesday 5 December 2007

Jamais me comprarão!


Acredito que alguém, um dia, depois de ser chamado ao palco para receber um Óscar terá um comportamento diferente. Na emoção, do escuro, subirá uma pessoa vestida normalmente, com um sorriso na cara, e tristeza nos olhos. Essa pessoa aproximar-se-á do apresentador e dirá:

"(pausa) Meus queridos amigos, é com muita lisonja que apercebo assim, desta maneira, o apreço que tendes pelo meu trabalho, a minha obra, aquilo pelo que sempre sonhei. Por outro lado, vocês deixam-me muito desiludido. Gostaram e dão-me este prémio, mas não perceberam o que eu fiz.
Eu estou aqui, certo? mas olhem para vocês aí, no escuro, a olhar para o spotlight, para mim. Olhem para as pessoas sentadas ao vosso lado. Olhem para as vossas caras felizes, olhem para a riqueza desta platéia ilustre. Olhem para os vossos vestidos, as vossas jóias, olhem. Olhem para vocês, agora.
Não há nada que vos destingue, estão todos bem produzidos e vieram todos com o mesmo intuito: ter uma noite divertida. Mas quem são vocês, quem é que vocês representam? Grandes actores, directores, todos pessoas de renome. É para isto que vocês se unem? Para celebrar este tipo de ocasiões, a entrega de prémios à qualidade de entretenimento que produzimos?
Mas eu não produzo entretenimento, eu produzo arte! E há uma grande diferença! Talvez não entenderão. Mas para mim, a minha missão não são os prémios, é a mensagem, é mudar a cabeça das pessoas para se ajudarem. Enquanto houver fome no Mundo, será que devemos celebrar megalomaniacamente, como agora? Deveremos gastar e dar dinheiro a eventos destes? Enquanto houver pessoas em Guerra, a morrer por ordens de alguns que estão sentados aqui hoje, a minha missão não estará cumprida.

Para os gregos, grandes artistas, uma coroa de louro bastava para celebrar um grande título. Pessoas como Thomas More sonharam que o ouro fosse usado para correntes, em prisões. Vocês são cultos, vocês sabem, vocês leram e estudaram estes senhores. Vocês, meus amigos, são a elite, só vocês é que podem mudar o Mundo. Quanto a mim, não quero este Óscar para nada. E só espero que chegue o dia em que o possa receber dignamente. Eu ou alguém."

Essa pessoa pousará o prémio no chão e desaparecerá no escuro.

Tuesday 4 December 2007

Yes, I believe so

O cenário é muito simples. É uma pequena estação de comboios, numa pequena terra.

Pode ver-se o edifício da estação a ocupar 3/5 na alta do palco. O edifício era laranja-acasanhado clarinho. Começa na Esquerda Alta (EA) e vai até à Direita Alta (DA

Na DA há um pequeno portão de ferro – um metro de altura, dois de comprimento – como um dos acessos à plataforma.

Na EA vê-se um letreiro em cima de uma porta a dizer "tickets". Na DA vemos uma casinha branca que diz "Toilets" no letreiro. Entre estes dois edifícios pode ver-se árvores e uma rua ao fundo, mas nada mais do que isso porque os edifícios "tickets" e "toilets" só são separados pelo portão pequeno.

Dois bancos debaixo do telhado da estação. O banco onde o VELHO está sentado fica na EA. O outro banco fica no Centro Alto (CA). Acima do banco da esquerda estão umas plantas envasadas no parapeitode uma janela. Mesmo no meio do palco, pendurado no telhado da estação, está um relógio redondo, clássico nas estações de comboio.


É uma manhã bonita de Julho. O relógio aponta um quarto para as nove. Ouve-se o som de um comboio muito barulhento inicialmente, mas que vai desaparecendo devagarinho. O VELHO está à boca de cena, no centro, coma sua bengala enquando olha para a a perna direita, como que à procura de alguém. Ouve-se passos e gente a falar, mas nada mais. O VELHO, no entanto não parece triste, mantendo o seu semblante neutro. Ele sobe e senta-se no banco do canto da cena, ficando assim a cena/plataforma completamente vazia. Ele tira um envelope de um dos bolsos do seu casaco e fica a olhar para ele, nas mãos. Tudo está calmo. De súbito, vemo um HOMEM a varrer o chão. Há algum lixo no chão, mas ele passa pela plataforma rapidamente deixando algum para mais tarde. Ele diz “Bom dia” ao passar pelo VELHO. Este responde-lhe educadamente. Volta tudo a ficar calmo. O relógio aponta treze minutos para as nove. Continua tudo calmo. O VELHO encosta-se para trás com a carta nas mãos. Parece ter-se perdido em pensamentos, enquanto olhava para o tecto.

JOVEM RAPARIGA: (entra a correr, e ao passar pelo pequeno portão bate-o com força, fazendo um enorme estrondo. Ela olha sem fôlego para a direita e depois para a esquerda. Ela olha para cima, para o relógio. Já desesperada e stressada)
FOOODAA-SEEE!!!!!

(...)

Monday 3 December 2007

O que é o amor?

Imagina-te sem pernas, sem braços. Ou sem família ou amigos. Imagina-te completamente sozinho. Quando sobes as escadas tropeças, quando desces, quase que cais de cabeça. Dói-te a cabeça e não te apetece ir para o trabalho. A vida é uma miséria, estás farto do pouco dinheiro que recebes, ir à net já não te dá prazer. Fazes zapping na televisão, e depois de não encontrares nada, vês o que cair à frente.

Os tempos vão passando... horas... meses... anos. Dás por ti cansado da vida...

No entanto, levantaste-te todos os dias para o trabalho, para a escola, para a vida que mal te tratou.

E porquê? Porque estavas apaixonado por alguma coisa.

Saturday 24 November 2007

Cheguei!

Cheguei!

Isto vai mesmo a preto, que e para poupar energia.

Porque e que eu quero um blog? O Hugo tem um, eu tambem quero.