Conheci uma menina que chorava. A menina sentia saudade dos momentos felizes que tinha tido. Queria voltar atrás no tempo e poder reviver as emoções que lhe deram mais felicidade. Como não conseguia lidar bem com isso, metia sempre o sinal de ausente ou ocupado, para ninguém a chatear. No entanto, ela não deixava de responder àquelas pessoas que sabia que a ajudavam. A infelicidade que ela não passa ao Mundo, muito antes pelo contrário – ela inspirava felicidade! E isso só lhe fazia mais confusão… “Como é que eu posso dar felicidade aos outros, se eu não sou feliz?”
A menina, na verdade, tinha acabado de fazer 18 anos. Para o sítio onde vivia, as pessoas queriam mais das pessoas que tinham 18 anos. É a idade em que se pode conduzir os carrinhos grandes, em que se podia beber as bebidas proibidas, em que se podia fumar cigarros sem ser de chocolate, em que se podia fazer filhinhos. É a idade em que as meninas pequeninas deixam de ser pequeninas e têm de ser grandes. As pessoas grandes não podem ver bonecos na TV, não podem andar nuas, não podem rir à vontade. A menina pequenina pensava nisto tudo e sentia agonia. Uma agonia, que ninguém percebia, nem aqueles que viam que ela estava mal… E o pior de tudo, mais que todos no Mundo – os bons e os maus – é que nem ela própria sabia o que se passava com ela.
Mas digo-te, oh pequena costureirinha honesta que eu namorei um dia: mesmo que um dia nos passaremos a encontrar apenas nos cafés (e tu sempre com sujeitos decentes), e nos fitarmos nos olhos… bem lá no fundo dos olhos… dir-te-ei que não cresceste. Que continuas pequena e que sempre serás. E se pensas que tens de crescer, também te digo que já cresceste tudo; porque ninguém precisa de crescer mais do que tu já fizeste – porque, caso contrário, não terias tecido o meu coração que me fizeste.
E se continuas a achar que já não és pequena, que cresceste para sempre, olha à tua volta. E nessa altura verás alguns ténis (daquela marca favorita que adoras desde muito pequenina), verás o Nestum que não deixaste de comer, o teu cheesecake que a tua mãe te deu a provar uma vez, vais ver o teu quarto sempre decorado a teu gosto, as músicas que cantas dos filmes que vias quando eras pequena (mas que não percebias), irás ver a tua mãe que nunca te abandonou e te ama como no dia em que nasceste.
E se tu não percebes o que eu escrevi, cabe a mim apagar tudo e escrever tudo outra vez… desde o início!
A menina, na verdade, tinha acabado de fazer 18 anos. Para o sítio onde vivia, as pessoas queriam mais das pessoas que tinham 18 anos. É a idade em que se pode conduzir os carrinhos grandes, em que se podia beber as bebidas proibidas, em que se podia fumar cigarros sem ser de chocolate, em que se podia fazer filhinhos. É a idade em que as meninas pequeninas deixam de ser pequeninas e têm de ser grandes. As pessoas grandes não podem ver bonecos na TV, não podem andar nuas, não podem rir à vontade. A menina pequenina pensava nisto tudo e sentia agonia. Uma agonia, que ninguém percebia, nem aqueles que viam que ela estava mal… E o pior de tudo, mais que todos no Mundo – os bons e os maus – é que nem ela própria sabia o que se passava com ela.
Mas digo-te, oh pequena costureirinha honesta que eu namorei um dia: mesmo que um dia nos passaremos a encontrar apenas nos cafés (e tu sempre com sujeitos decentes), e nos fitarmos nos olhos… bem lá no fundo dos olhos… dir-te-ei que não cresceste. Que continuas pequena e que sempre serás. E se pensas que tens de crescer, também te digo que já cresceste tudo; porque ninguém precisa de crescer mais do que tu já fizeste – porque, caso contrário, não terias tecido o meu coração que me fizeste.
E se continuas a achar que já não és pequena, que cresceste para sempre, olha à tua volta. E nessa altura verás alguns ténis (daquela marca favorita que adoras desde muito pequenina), verás o Nestum que não deixaste de comer, o teu cheesecake que a tua mãe te deu a provar uma vez, vais ver o teu quarto sempre decorado a teu gosto, as músicas que cantas dos filmes que vias quando eras pequena (mas que não percebias), irás ver a tua mãe que nunca te abandonou e te ama como no dia em que nasceste.
E se tu não percebes o que eu escrevi, cabe a mim apagar tudo e escrever tudo outra vez… desde o início!
2 comments:
Eu sei o resto da história! Não contast porquê? 'ela cruzava os dedos e pedia com muita força 'Eu só quero alguem que me compreenda'(...) BOOM! PUF! AÍ TENS! ABRACADABRA! PIM! JÁ ESTÁ! A menina descobriu que tinha poderes sobrenaturais, então quando finalmente foi compreendida, percebeu que isso já ninguém lhe podia tirar, os dias em que tinha sido feliz e tinha comida cheesecake tinham chegado, já se tinham passado dias em que a menina tinha sido finalmente bem interpretada, então a correu para o abismo e pensou para si 'Finalmente feliz...' e atirou-se.
damn. gostei disto.
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