Pousas na minha janela.
Deixo-te caminhar sobre a parede transparente do meu quarto.
Tu que estás próxima de me tocar, de me ferrar.
Quero libertar-te, sem te magoar.
Quero dar-te a mão, para me a poderes beijar.
Abro a janela, mas tu não vais... não voas.
Na tua fraqueza exploro agora toda a tua solidão.
Filmo as tuas asas que te são inúteis.
Sofre que gravo tudo para mostrar ao Mundo.
Filmo um futuro cada vez menos distante.
Nascer é a sorte de todos.
Envelhecer é a maldição dos que nasceram.
Morrer é a dávida de quem envelheceu.
Morrer em directo é fama.
É um balde de pipocas que vai sendo devorado.
É o refrigerante de milhares.
Morrer em directo é estenderes a mão e ninguém te acudir.
Sente... sente isto... sente!
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1 comment:
criativo
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