Ali vai o Poeta que amou sem pedir,
Que se entregou logo quando nasceu
Aos sofredores que teimam em partir,
E que chorou tanto que emudeceu.
Com as suas lágrimas alimentou o Povo,
Com as suas palavras a História
De um velho que para sempre será novo
Perdido no corpo, mas ganho na memória.
Ali segue o Poeta que se sacrificou
Porque achava que tinha de o fazer.
O tanto que soube e outro tanto que falou
De costas para o Mundo no amanhecer.
Pegou no Tesouro e levantou-o bem alto
Para todos verem de que é feito a vida.
Foi infeliz e foi dar a um planalto
Onde passam ovelhas mas há falta de comida.
Ali levam o Poeta que nada tem a dizer
Deitado no caixão que o Povo lhe escolheu.
Ali nos levam a nós, os Poetas fáceis de vencer,
Pela gente que nos ouviu mas nunca respondeu.
Falsos poetas que fazem a calma no sereno,
Dando amor a gente de coração pequeno.
Que os Poetas escrevem sem alento,
Enquanto nós fomos levados pelo sentimento.
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2 comments:
És tão grande Balbino...
Lições de vida, é o que tu dás à blogosfera! =) Beijinho
Adorei!Deixa que o sentimento seja o motor na tua vida e serás grandioso... Cada dia que passa sinto mais orgulho em ti!
Amo-te, Dig Dig Dig
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