Raquel dos olhos verdes que se perdem
Fica deitada na relva virada para o céu
Segue as nuvens que cantam e se despem
Suspirando pelo dia em que usará o véu.
Comandas o Mundo com os teus lábios sem dono
Frios por fora, mas quentes em chama por dentro do cimento
Sabes que haverá vida, apesar de ser Outono
E dancam os teus cabelos dourados 'a vontade do vento.
Movem-se os moínhos com as águas passadas
E regam os campos do meu futuro
Fazendo brotar rebentos nas paisagens privadas
Neste solo macio, que outrora fora duro.
Neste mesmo campo um dia serás encontrada
Em paz, na tua tão necessária solidão,
Num misterioso prado de flores deitada
Para provar ao Mundo que sempre tiveste razão.
E até sempre continuarão felizes estes olhos cor de mel
Tingidos por um sonho chamado Teresa Raquel.
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