Escrevo para não morrer
E para pouco sofrer.
Faço novas regras todas as vezes
Que pego neste tabuleiro.
Brinco com o fogo,
E queimo o dinheiro.
Fico sem alma e sem corpo,
Mas sempre inteiro.
Beijo aquilo que não se conhece,
É tudo escuro quando se amanhece
No leito de um passado contente
Feito num futuro para sempre.
Brinco com o tempo
E gasto o presente.
Fico codificado em poesia
Num papel que cheira a maresia.
Entrego porque nasci para oferecer,
Já que nasci e um dia vou mor...
No vento encontro solução,
No medo a multidão.
Brinco com o espaço,
E no papel me desfaço.
Fico puro e verdadeiro,
E só o tempo leva-me
inteiro.
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4 comments:
Só hoje conheci o "blog". Eu sei que sou um bocado (muito) "atrasada", domino mal as "tecnologias" e leio poucos blogues.
Li tuuuuuuuuuuuuuuuudo o que está para trás do Dia das Mentiras de 2009.
E deixo aqui uma única verdade:
Humildemente, peço desculpa pelo 18 em vez do 20.
Merecia-o, merece-o, vai merecê-lo sempre.
Mas já não á para emendar e nunca gostei mais do "outro" que de si.
Mas o "outro" não respondia a provocações, nem provocava.
E o Carlos continua a ser uma alma livre e sonhadora... e a escrever melhor que nunca.
Obrigada, por todos estes textos que só agora li.
Garantiu o 20!
Mas, por favor, continue a provocar e a rebelar-se.
Um beijo
O comentário anterior matou a razão do blog. É um objectivo de vida alcançado. Obrigado professora Conceição. Continuarei a escrever.
"já não dá"... em vez de "já não á"
E, por favor, não me culpe agora por "matar a razão do blog".
A partir de hoje, passarei a ser uma atenta, veneradora,obrigada e assídua leitora.
Com muito gosto...com muito prazer, mesmo.
Não devo voltar a "comentar". Sabia que iria "adivinhar-me" por trás do "anonimato". Mas...
Continue a brincar com as palavras, como se todas lhe pertencessem...
Porque todas lhe pertencem...
E elas só ganham valor, pela forma como as usamos... e ousamos.
Que bom lê-lo!
Beijo
Muito bom ;)
Gostei sim =)
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