As cócegas podem fazer rir, mas também podem irritar muita gente.

"Seja bem-vindo quem vier por bem!" e "se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa com a gente!"

Recomendação Sonora

Saturday, 16 February 2008

Textos Soltos - "Desabafo"

‘Tudo bem?’
‘Tudo, e contigo?’
‘Também.’

Mas não, não está tudo bem!
Tu não estás comigo!..
Sinto-me perdida no meio de não-sei-muito-bem-o-quê.
Sinto-me vazia.
Incompleta... Sabes como é?

Talvez não saibas... Talvez nunca tenhas ligado a isso... Talvez não queiras saber. Talvez não saibas, simplesmente, porque nunca passaste por isto...
Não precisas, não é?
Nunca precisaste.
Quando te fecham uma porta (ou quando pensas que está fechada) tens sempre muitas outras portas abertas à tua volta... Parece que não ligas à porta fechada que realmente querias abrir e preferes o caminho mais fácil. Suponho que sejas assim. Nunca me provaste que realmente te dedicaste somente a uma entrada, a um caminho, pelo que às vezes percebo apenas foste andando por onde era mais fácil. Recusaste o sofrimento de uma luta. E se assim foi, o pior é que com isso recusaste também o prazer de uma vitória.
E não me refiro à vida.
Julgo-me diferente de ti. Eu procuro lutar - mesmo não parecendo. Eu sofro. Posso não ter uma grande estratégia de batalha, mas não me rendo.
Não me arrases.
Ou nada mais me resta se não lembrar como foram bons os nossos dias antes deste confronto que parece que me dá prazer.

Sinto-te tão aluado de mim... Sinto que não queres nem saber como me sinto... Mas chamas-me amiga, e os amigos não agem assim... Ou agem?Eu quero saber como estás!... Penso em ti - estás sempre na minha cabeça -, nos momentos que já pasamos juntos, sonho com os momentos que podemos vir a passar, tento imaginar se estás bem e se por ventura pensas em mim... Mas acabo por nunca conseguir chegar a uma conclusão. Tu és uma caixinha de surpresas.
Surpreendes-me pelo que fizeste e fazes de mim, supreendes-me pelo que me dizes, surpreendes-me com um toque já meio de fugida, e surpreendes-me, acima de tudo, pela forma como me fazes sentir...
Mas também me surpreendes com palavras frias, que me magoam como nenhumas outras poderiam... Fico sempre sem perceber porque as dizes. Nunca chego a entender porque é que me dizes coisas tão boas de se ouvir e ler, e depois me atiras palavras que me ferem como já feriram...

Vou dar-te uma coisa.
Tu já sabes o que é.
Uma noite de sons, luzes e loucura pela qual já anseio há quase dois anos...
Tu vais estar lá comigo, no meio de centenas. Os dois, sozinhos, talvez.


Águia Branca

4 comments:

Morce said...

Ela escreve de uma forma muito simples onde diz tudo o que tem a dizer. Gosto muito. Parabéns

Balbino said...

Isto acerca do concerto dos Muse. Que fique ela sabendo que o meu professor de canto é chamado Paul Bellamy. Ontem, na aula perguntei-lhe se ele era primo do Matt Bellamy. Ele disse que sim.

Anonymous said...

Acho que ela quer saber se o primo do Matt não lhe arranja pelo menos um autografo...

Não lhe trazes um mimo, depois de tanto tempo em Inglaterra?
(E depois de textos tão bonitos?)

Anonymous said...

Ela diz agora que te odeia por teres exposto este texto à sociedade, mas lá no fundo, acho que até gosta mais bocadinho de ti por lhe teres dado confiança em relação à escrita.

Ela manda-te um beijinho, e um abraço.
Daqueles que se dão aos amigos de quem se gosta mesmo.

(mas ela não Gosta de ti..)