The Doors of Perception

"For Angels of a lower order and with better prospects of longevity, there must be a return to the straw. But the man who comes back through the Door in the Wall will never be quite the same as the man who went out. He will be wiser but less cocksure, happier but less self-satisfied, humbler in acknowledging his ignorance yet better equipped to understand the relationship of words to things, of systematic reasoning to the unfathomable Mystery which it tries, forever vainly, to comprehend." Aldous Huxley.

Vincent

E agora silencio...

Estrelas

Há um pequeno trampolim,
Que se chama egoísmo para uns
E sucesso para outros.
Felicidade para uns, inveja para outros.
Dor para uns, amor para outros.

Há-de haver alguém que vai saltar tao alto
Que vai tocar no céu com as maos.
Vai tocar com tanta forca que lá vai ficar colado.

E de baixo vao olhar as pessoas
Para aquilo que hoje é uma estrela,
Sem nunca se lembrarem que a estrela já foi homem
E que há mais espaco no céu para mais gente.

É disto que somos feitos, do pó da Terra
E das faíscas das estrelas,
No silencio da construccao individual.
Porque só em silencio é que se ouve bem.
Só em silencio é que se escuta.
Só em silencio é que há magia.

Avo

Conheci um homem que toda a vida trabalhou com um tractor
Até ai dia em que o tractor o trabalhou.
Na terra mexia e tudo ficava plantado,
Há poucos dias se deitou e ali ficou enterrado.

E esse homem era meu avo.

Quchihuato

De volta!

Quechua

O passado sao graos de areia
Que fazem o meu caminho
E que me impedem de cair.

Mas eu sou como o vento,
Que danca com tudo
E a nada se agarra
Senao aquilo com o qual ainda nao dancou.

Cores, perfumes e texturas.
Escuro, vontade e transpiracao.
Nasce, faz e deixa por acabar.

Um homem muda-se por fora
Mas so envelhece por dentro.
O tempo dita as regras,
Mas so tem de as cumprir quem quer!

Verificação de Palavras

Quando estou de viagem ganho muita vida e força. Força e vida para a arte, para a política, experiência que me poderiam dar reconhecimento.
Mas se eu encontrr a mulher com o sorriso perfeito, largo tudo isso por um pouco mais de sentimentos de criança inocente. Porque cada vez mais me afasto da criança que o tempo me levou.
E se houver uma mulher que possa cuidar deste jovem adulto rebelde, ela que me sorria.
Pois eu só sou grande e forte por fora e no Mundo, là fora, faz frio.

Temos poucos olhos para o Mundo Todo

A caminhar para uma rápida morte espiritual.
Quando lá chegar, olho para trás
E tantas das coisas que eu conheci
Vão parecer sombras irreconhecíveis, e
Muitos dos sentimentos serão esquecidos.

Sem memória ou sentimentos morre o elefante,
Fraco e velho ao espelho,
Mas para sempre grande e forte
Na vitrine da história!

Hoje começa a viagem ao Mundo

Como tinha decidido no Natal, tive estes meses todos para planear estas férias de Verão.
Mudei o roteiro ligeiramente, para algo mais prático: Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, (talvez) Bolívia e Chile. Somos 3: a Joaninha, o Stuart e eu.

Partida: 15 de Julho para Rio de Janeiro
Regresso: 8 de Setembro de Lima.

Se não for giro, pelo menos será inesquecível.

Bom Verão a todos,
Até dia 9 de Setembro!


The future is just a fucking concept that we use to avoid living today.

Cashback (closing monologue)

"(...)

Once upon a time I wanted to know what love was,

Love is there if you want it to be.
You just have to see that is wrapped in beauty
And hidden away between the seconds of your life.

If you don't stop for a minute,
You might miss it!

(...)"

Cashback (openning monologue)

"(...)

It was my final year at Art College, and on the following weeks after the break-up I tried to figure out what went wrong.

Why did we break up? It's funny, but when I look back now the reasons seemed so small.

One day she is with me and saying "I love you"
And the next week she is with someone else.
...Probably saying the same thing.

So did she really love me? What is love anyway?

And is it really that fleeting?

(...)"

Complex

Um Mago

Havia um mago que contava as historias mais bonitas
Para toda a gente da aldeia ouvir.
Um dia uma senhora teve de ir para longe por uns tempos
E pediu que lhe enviassem as historias do mago em papel.
Entao o mago comecou a escrever as suas historias
A pedido do povo.
Mas as historias deixaram de ser tao boas
E muitas delas ja nem faziam sentido.

Ate hoje ninguem sabe se ele nao sabia escrever
Ou sequer se tinha deixado de sentir.

Ken is cool!

Kenneth
bonjour

00:57Carlos
ca va bien?

00:57Kenneth
oui, et toi?

00:58Carlos
ca va, solement un petit peu fatigue

00:59Kenneth
dans ma trousse il y a un baton de colle
(I can only remember a little french from school, that's one of the few phrases I know)

00:59Carlos
hahaha
one i remember is
Ce que je pense sur le silence
The teacher got mad at us and told us to do an essay quietly with that topic

01:00Kenneth
"I have a wank when it's quiet"?

01:00Carlos
It's always about sex with you...
No, I don't think my teacher meant that to her 12 year old students

01:01Kenneth
lol, it's not always about sex with me, you just always seem to be online when I'm a bit drunk

01:02Carlos
hahaha
It's when you are drunk you come and talk to me.

01:04Kenneth
yeah but when I'm drunk I wanna suck you off. When I'm sober... oh who am I kidding, I'd probably do the same!

01:04Carlos
hahaha so funny
you need some tiramisu!

01:05Kenneth
I LOVE tiramisu!

Offside

Signs

Living History Project - down!

A marcha leve

Há um sítio nos sonhos aonde as criancas nunca envelhecem.
Há um Mundo todo lá fora que morre de saudades nossas.
Há um momento no tempo aonde alguém está 'a nossa espera.
Há um sonho que resiste e vai ficando, ficando.

Há uma palavra para descrever o que pessoas como nós sentem.
Noutro sítio, noutro momento, de outra maneira,
Talvez haja uma família melhor, um vento que dá boas-vindas,
Um beijo que é doce e nada pede em troca.

Chegará o dia em que tudo 'a nossa volta será diferente,
O Mundo se transformará para nós.
Apenas nós continuaremos a sentir da mesma maneira.
Vamos mudar os nossos olhos, ouvidos, maos e passos,
Mas deixem-nos continuar a ser quem somos.

Doce Amargura

Encosta-se o copo de sangue cristal aos lábios
E deixa-se escorrer o líquido fresco e doce.
E na confusão de cores e sabores em prazer
Explode-se o copo transparente
Para que os pequenos cristais
Se possam enterrar nos lábios vermelhos
Libertando um pouco mais dessa sede, desse sangue
Que é quente, ardente, queima e brilha
De prazer.

Ads Time

In life, if it's good it's fun, if it's bad... it's funny!

Living History Project

Once a wiseman told me:
"Wherever you go

There you are!"

hahaha

Reencarnação

Ou eu ando a ver coisas, ou acho que sei que animal é que esta modelo foi noutra vida.

Um dia o Mundo vai olhar para trás e vai dizer:
Pára de me seguir!

Sim, tu

Um dia a Vontade vai devorar a Vergonha.
Um dia os teus labios vao encontrar os meus.

E se nunca acontecer,
Foi um bom sonho que ficou.

Director da East 15 Acting School.

Leon Rubin

Deixas que a Universidade venha aí e aumentem as propinas, aumentas a Learning Resource Fee. Sao sempre as pessoas que nos podem ajudar as primeiras a esquecer-se como é ser estudante.
É por estas e por outras que há cada vez mais profissionais e cada vez menos artistas.

Viva o capitalismo e a privatizacao das empresas!
Morramos todo num poco com dívidas até ao pescoco.

One last effort, Corporal!

Tiffany L. Rowe

"O maior dom que vais receber na vida é o de acreditares em ti mesmo. Guarda-o com todas as tuas forças, pois ele é a única coisa que será sempre realmente tua."

Winston Churchill - "We shall fight them on the beaches!"

Hitler

Postcards From Italy

http://www.imeem.com/people/mD65BfR/video/MpLwdsYF/beirut-postcards-from-italy-music-video/

A camera ficou sem bateria (amador!), por isso fica so um pouquinho da musica. Mais vale pouco do que nada. Isto foi no Cabaret que foi feito hoje na escola. Todos estavam convidados a fazer um numero nao superior a 3 minutos com qualquer tematica. Houve poesia, sketches de comedia, musica, canto, etc... Esta foi a nossa participacao, com uma musica de Beirut. Bons momentos, sabe sempre bem pisar o palco, especialmente num ambiente descontraido como o do Cabaret. Boa onda!

Chaves que abrem caminhos

Ha coisa de tres anos, a passear nas ruas da minha Cascais, encontrei umas chaves de um carro no chao. Eu estava com um amigo. Nao demorou muito tempo ate eu encontrar a que carro aquelas chaves pertenciam, tentando todas as portas, e sempre com o olho sobre o ombro com medo que alguem nos visse a fazer algo de errado, nos que so queriamos ajudar. Encontramos o carro, claro. Um carro modesto, mas que por pecas ainda se fazia bom dinheiro, especialmente quando se e estudante. Eu so queria um bocado de papel para deixar na parte de dentro do para-brisas com o meu numero de telefone, ja que do lado de fora podia voar e o dono ficaria sem saber como encontrar a chave.

Nesse instante um senhor vinha a subir a rua a olhar para o chao, muito atentamente, em direccao a nos. Ele procurava as suas chaves, obviamente, ao que eu perguntei "Esta a procura disto" e ele respondeu "Sim". Por questoes diplomaticas, ele mostrou-me tudo o que tinha na carteira comprovando que era o dono. Mas pelo o olhar e entusiasmo dele, eu ja sabia que o carro era dele. Somos pessoas dificeis de enganar, mas faceis de convencer e confiar.

Ele levou-me para um cafe, aquele aonde existe a Carta de Foral de Cascais (uma pequena raridade historica que so alguns locais sabem) e pagou-me uma Coca-cola. A mim e ao meu amigo. Depois entramos numa conversa masculina, aonde ele me explicou que costumava parar o carro naquele sitio muitas vezes, pois trabalhava ali nas redondezas e costumava ir ao restaurante Indiano e frente. Aparentemente, o picante do caril da sede e se houver vinho verde, nao ha mulher que resista. E assim todos os homens ficam bonitos.

Isto tudo entre muitas outras coisas que aprendi, coisas que so se aprendem na escola da vida. Quando encontrei aquelas chaves, sabia que o meu dia estava ganho - nao porque eu o roubaria ou faria qualquer tipo de chantagem com o dono, mas porque sabia que haveria um sentimento de gratidao que precisava de ser saciado.

Ora, nos nao somos tolos, e sabemos perfeitamente que nem toda a gente se sente obrigada em retribuir, mas mesmo assim continuaremos a fazer pequenos gestos simpaticos como este. E, se tudo correr bem, havera alguem a dizer que nao somos tolos. Se calhar ate somos. Deixem-nos ser tolos e que o Mundo seja tolo connosco.

Y

Heaven on Their Minds

Singing Solo Assessment on the 12th June 09

http://www.imeem.com/people/mD65BfR/video/6zi_zFDg/balbino-heaven-on-their-minds-music-video/

Madame Butterfly

Tragédia para a limpar o que vai cá dentro.
E quem canta todos os seus males espanta.

Lindo, lindo, lindo! It's all about the visuals, directing and lighting.

Leva-me contigo

Gosto do peso na consciencia
A oprimir a inteligencia
De quem sabe flutuar no ar,
De quem ja pressente aonde vai parar.

Gostas das palavras saboreadas a teu gosto
Entrando nos meus olhos, no meu rosto
Secando as lagrimas que caem a meus pes,
Lavando-me com ventos e mares.

Gostamos dos abracos quentes e apertados
De quem ja nao tem bracos e, condenados,
Sopram para a frente o que vem de tras:
Sopramos os segredos sobre as coisas mas.

Deixa-me levar-te pelo feitico,
Voa com o sentimento castico,
De quem flutua a chorar e a rir,
Porque sabe que um dia vai cair.

E deixa-te levantar

Deixa-te levar

Deixa que eu te sopre



Daqui... ate a morte.

Chelsea With Love

People want to feel.
Poets need words because their Muse is not enough.
People read those words and feel.
Poets write them because they need to make other people feel.

I am not a person or a poet, for I don't have the need to write or to be made feel.

This person makes me feel, this Muse
Makes me see.

Um Brinde de Portas Abertas

Entre o exemplo e a carencia
Segue a melancia para a mesa
De esfomeados em urgencia
De se comerem a cabeca.

Mais virus e veneno
Para o copo do amigo
Que se faz pequeno,
Sem umbigo

E sem medo.

Come-se o melao
Do prato do nosso irmao,
Lambusam-se os dedos
Daqueles que nao usam luvas,
Daqueles que nao usam lenco,
Daqueles que nao comiam uvas,
Daqueles a quem pertenco.

How To Whistle

How To Build a Poet

Try to write a poem before you fall asleep and you will be amazed. This person inside of you will come out and tell everything that you need to hear, all the answers to your questions and desires. That person will have a fair perspective on reality and shall direct you to the way you need to go, in the language you most comprehend. People will read those pieces of poetry and like them, want to be close to the person who wrote them, want to get to know you better.

And the best part is you can sign it and claim it yours, like a thieve going mad, that hears voices inside his skull and no one would believed even if you said it's someone else's words. Like your only witness is yourself, like a criminal that only does good and is going in... Locked up. Locked in. Inside the bars he built himself and can never destroy inside his head. Locked up in his own freedom.

Do this and you have just built a poet.

Workbook

Ok, we've done our showing. Now I really need to start doing my workbook.

But first the forty winks...

And then some Tom & Jerry...

And then something else before I actually start doing it.

Life is too good to spend it doing something that last term didn't even get a tick.

hehe

Cheeky!

Tom and Jerry

Tu Nao Existes

Comecei por querer mudar aquilo que os meus pais criaram mesmo sem querer. A correr para longe, porque a palavra casa nao era um refugio, era uma trincheira, porque parar e morrer e o abraco do pai e um sufoco. A mae entregou-se as areias do tempo, e de tanto chorar transformou-se ela propria numa lagrima salgada que pode ser de portuguesa ou pode ser so de tristeza. Foi a alta velocidade que sai do sitio aonde ninguem me expulsou, mas tambem aonde ninguem me queria, sem amor, so terror e medo, muito medo.

Que o odio so e sentido por aqueles que amaram ate serem traidos.

Agora corro numa passadeira de ginasio, vendo a mulher a minha frente mudar de cor de cabelo, cor de pele, olhos, sorriso, sotaque, lingua, e cheiro, enquanto o meu corpo trabalha pela mente, trabalhando, trabalhando. O suor do passado sai-me dos poros do presente matando-me cansado no futuro. Alcancarei o infinito, ja que meio infinito percorri, e continuarei a correr, a correr em direccao oposta ao sitio de onde vim.

Que o infinito e um ponto que vem do nada atravessando-me em direccao a outro nada; e eu sou um ponto.

Mas levo este ponto as extremidades, como um cao preso a uma estaca num quintal, em circulos, ladrando louco e raivoso, tentando deslocar a estaca, puxando e puxando enquanto se lhe aperta a corrente no pescoco. E um monstro revoltado com a sua propria existencia, mordendo e lambendo quem lhe estende a mao, muitas vezes lambendo as pessoas erradas e outras mordendo as pessoas certas.

Esse passaro que bate as asas em direccao ao sol, que ja nem penas tem, e continua a bate-las, que sabe que vai cair como muitos outros caem a seu lado, mas que continua, continua! Porque nao precisa de penas para voar, nao precisa sequer das asas, que ele e um passaro e a sua condicao lhe basta, que o destino e urgente e as origens um inferno.

Mudam-se os beijos, o perfume da mulher na minha cama, as formas do corpo a que abraco enquanto penetro, o sabor dos liquidos que de la saem, so para mostrar que ninguem nasce virgem, que a virgindade e um estado que se alcanca com a calma e muito amor. Que a virgem com quem faco agora amor escusa mais de dormir comigo, porque ja nao tem nada a provar. Escusa de me chamar seu, ou eu lembrar-me dela quando com outras mulheres e homens durmo, deixando-me levar neste mar que me suporta massajando a minha paz interior e tornando-me forte na minha fraqueza do corpo. Que este corpo e uma ferramenta tao, mas tao fraca para aquilo que eu quero. Essa virgem nao precisa de dizer nada, porque nem aquelas palavras vao mudar a minha vontade. E nem os meus pais, os meus seguidores sanguinarios vao conseguir destruir esta vontade de que tenho de devorar a minha virgem com a mente. Nem Deus nem o Diabo multiplicados pela forca do infinito vao conseguir libertar-me desta estaca da qual o meu cao furioso ladra e ataca. O meu fiel companheiro, no entanto, ha-de continuar a puxar a corrente divina que lhe asfixia mais e mais a cada investida, contra as vontades de Deus e os seus anjos enquanto a vontade puxara de um lado e os de cima de outro. Mas todos sabemos que a vontade de Deus e mais forte e nao e pela forca desta pequena forca da Natureza ser de louvar que Ele nao acabara matando o pobre cao que sempre se recusou a ser pobre.

Esse cao ha-de ir para o ceu, ferido em forma de EU, e encontrando Aquele que domina tudo e todos dir-lhe-a olhando-o nos olhos e com a mesma forca com que comecou a corrida para longe da trincheira:



"Ainda nao acredito que tu existas!"

A Queda do Quarto Poder

Agora já só faltam as Corporações.

Poetry in me

There are so many times I fall asleep with poetry in my eyes. I let my eyelids drop to make me see that type of darkness that hypnotises my ambitions and past memories and there they come, the words. These words I cannot control or ask where they come from start making phrases, sentences, and paragraphs, coming up on this black board before me. And, oh my, I may not know what they are, what they mean or come from, but they tell me things a sleepy man would not hear and an awake man would not understand. They dig themselves within me and dance a waltz.

And as if words had bodies and could even dance, I know. But I don't understand either. I am flashed by these feelings and thoughts in shapes of words, just words, words, words. Poetry in my eyes, while I let the weight of another day of this life that never seems to end set my soul down, just resting. I have poetry writen in my eyes. Pretty words that I will shall not recall when I wake up, pretty words telling me secrets that I didn't know about myself. Secrets that I will forget and so keep them save as the waltz comes to an end, and the words disappear mysteriously, just like the way they came. They come and go and all I can do is watch them with my eyes closed. Come and go, come and go... Poetry in me.

O Primeiro Beijo

Quando os meus avos se casaram, o meu avo perguntou:
"Oh, Maria, agora que es minha, deixas-me dar-te um beijo?"
Ela respondeu que sim e ofereceu o rosto aquele que seria

o seu primeiro beijo.

It's So Easy To Fall In Love.

It's so easy to fall in love.
Just like we met - natural. And the first time we talked about random stuff. From all the stories we have to share, everything we have seen with our eyes, there we were, just talking about random stuff. And everything was so easy. Just like saying goodbye before we went home by different pathways, but both thinking on the same thing. Speaking is easy, expressing our feelings was hard and getting close for the first kiss... that was the hardest thing ever! Everytime I see you I am overwhelmed by that first kiss sensation and if you didn't come closer to meet my lips everytime we are again together, I don't know if I'd be strong enough to take that first step once more. Everytime is a new test, the same test. People can only admire something that is bigger than them, something that is mysterious and tempting and rare! This is how I feel when I see you, with those eyes and lips saying words that I understand and think to myself I don't deserve. If I was a writer, I'd be the pen on your hand, just doing everything you told me the best I can. And you would write all the random things we talked about when we first met and described our way home, just like on that first day, and that kiss, and still everything would seem to me like poetry. I have eyes, I do, but I only see one colour now. I might be going blind. Love blind? I feel like I don't need to see at all, I already have someone to guide me.

It's so easy to fall in love. It's ever so easy.

On Polish Telly, HA!

http://www.imeem.com/people/mD65BfR/video/W2TO3Idg/balbino-couch-surfing-report-shortfilm-video/

Uma Mulher Quando Deixa de Ser Amada

Uma mulher quando deixa de ser amada
Deixa de ser uma mulher
E passa a nao existir,
Invisivel no mundo dos cegos.

Dance Solo - 19 May 09

(You wanna click on the video when the "disabled" kinda message kicks in if you wanna watch it)



P.S. - There's nothing sexier than a girl dancing to the slow blues!

The Good Vulture

The Vulture Monologue

"You have all sorts of people nowadays:
There are people who have fast-food,
There are people who don't have meat
And there are people who love big feasty barbecues.



The human race is a virus, they say, only mice will survive.
I don't really mind humans at all, or rats.
I'd go for any of them.
But in the meantime, I'll just stand here,
Stand here and wait."

Jungle Book

"If you act like that bee acts, huh huh, you are working too hard."

Omen!

Friends, Romans, countrymen, lend me your ears;

(BURB!)


I know, I know... not very mature.

The music and people you listen to make you what you are.

Ir em frente

Aos povos que tremem os Mundos visiveis e os que nos ultrapassam,
As mulheres que nos fazem perder os sentidos, as homens
Que me poem perguntas de raiz criativa, quero que me mostrem o caminho.
O caminho que sigo de olhos abertos com medo de os fechar.
Que me guiem sobre os vidros do destino, em pes descalcos de fantasia e emocao.
Que me levem para alem de onde ha paz e amor.
Que me levem para aquele sitio pegagoso,
Em que tudo se transforma em plasticina,
Envolvendo-nos naquela areia movedica que nos leva para baixo em direccao ao escuro,
Ao escuro que vejo de dia e de noite, que vejo de olhos abertos ou fechados,
Mas que sinto... sinto sem o tocar.

Envolve-me nesse teu suco vaginal que me faz querer fugir de desejo,
E envolve-me na saliva do homem que beijo,
Que o sexo nao tem sabor nem vontade.
Percebe o que estou a tentar dizer, descodifica o que digo
E leva-me contigo para a idade madura, escura
Aonde os vivos desejam voltar atras,
Ja que sou novo,
E so quero ir em frente.

"Feeling in England is just not productive."



Who said I want to be part of the Industry anyway?

Akhnaten - Philip Glass

SCENE 3: THE RUINS (excert)


"The new ruler, performing benefactions for his father Amon and all the gods, has made what was ruined to endure as a monument for the ages of eternity, and he has expelled the great criminal and justice was established. He surpassed what has been done previously. He fashioned his father Amon upon thirteen carrying poles, his holy image being of fine gold, lapis lazuli, and every august costly stone, whereas the majesty of this august god had been upon eleven carrying poles.

All the property of the temples has been doubled and tripled and quadrupled in silver, gold, lapis lazuli, every kind of august costly stone, royal linen, white linen, fine linen, olive oil, gum, fat, incense, myrrh, without limit to any good thing. His majesty (Life! Prosperity! Health!) has built their barques upon the river of new cedar from the terraces. They make the river shine."

John Zorn and The Theatre of Musical Optics

"I think what it's all about is from a very young age I found a connection between the visual and the oral, from watching movies all the time. From watching cartoons all the time. And humm, as I went further and further out, going beyond class, rice and minimalism, I actually went even beyond sound itself. I began to feel that music was a way of manipulating a material and it didn't have to be... sound! That you could manipulate something visual.. in a musical way! And that's when the Theatre of Musical Optics came about. I always used to say to myself, humm: I'll become more well-known as a musician making regular music and I'll come back to the real revolution that I've created, the real advanced shit, that is going to be the music like from a hundred years from now, these visual performances. And who knows? hehehehe."

Touch Me

Ticking to Be With you

Those red lips that come towards you everytime she speaks. You can taste every word she says, for she is blessed with something I understand not. I nearly kissed a man tonight, for I am too weak to kiss her. It's too strong for me and so easy, all at the same time. A man gets confused, and is consumed by those blue eyes.

How do I get out of here? How do I get in to her, make her understand that I love her? Blue eyes, freckles, long blond hair, american accent, and a name... A name that is neither mine or hers, it's Mother Earth's.

And here I go, pretending I could have kissed all the girls that want me, but still not kissing the one I really want. They give me those looks, like predators, or like preys, I don't know, and try to get me to attack, but I am too weak. I am in love, I need to make love, sex will not save me but kill me. Kill that side of me I don't understand or own and lives within me. I am weak as the wind and blown by the girls in my life I am.

One day I shall get married to her, with alcohol in my veins, for only alcohol makes me see the world with a true meaning. And people may jump on my dance floor, piss about and faint while I dance a slow with my girl, on my dance floor. We will have her grandmother in the piano playing for us. All the girls of my life, those preys that seduce me with their feminine claws shall watch everything with tears in their eyes, for one of them achieved what all of them wanted. And I tell you this, if Chelsea made it, it wasn't because I chose to, for I was never in control, I cannot control love, or myself. I am weak, so weak. As I have always been.

She is my weakness. I suppose love is weakness. I am in love and ready for whatever comes. I love her, I do, I do. And even if she doesn't, she can afford to not love me. She is already part of me, she owns me. I am her slave. And every glance she gives to the shops, every smiles she does, everytime she brushes her hair, I will be there.

If that is not love, I don't know what love is.

The omlet

Lying here, on my bed, on our nest, I was just thinking to myself. It is amazing all the stuff we do together. We have been together since that kiss, that very last kiss, that became one and two and eternity. Thanks to that kiss, everything has changed in my life. I go outside not looking at girls anymore, as if they are meaningless and could not possibly be loved by anyone; young ladies in the best shape they will ever be, young, energetic and passionate, and me there, just ignoring them. Because I am special, you made me special and now I live in this condition where everything I've always believed on is turning to be a big fat lie.

Lying there, on the grass, on the fields, I am carried away by my thoughts again. It is wonderful the things you make me think of. I have been an older brother since I was nine. I have been a boyfriend from the age of fifteen onwards. I have been a leader in class, I have been a mate and I have been a hitch hiker. But I have never been a husband. I was never married, or even more importante, I was never a father... Or in love. Not like this.

I came down to make us an omlet, so I broke the five eggs and made four sandwiches. When I came up back to our room, you weren't there. And now I know you were never there, as we never kissed, or build anything together. It has been me all the way, lying on the grass, rolling down the hill, thinking of you. Now I have four sandwiches for me.

But every bite I have is just as another kiss on your lips.

Changeling times

"If the world used to be a stage, now it is certainly more like a Reality Show."
And in that sentence I release all my frustrations.

Sai!

Tu que navegas pelo Mundo de sensacoes
E voltaste a parar por aqui.
Tu que estiveste afastado,
Porque a vida é mesmo assim,
E hoje voltaste.
Ve como nada mudou, como cá continuamos.
Parte, vai-te embora,
E nunca mais te lembres de nós!

Faz por ti!

Spring Awakening

E depois do marco histórico do Rent vem o Spring Awakening, sem dar margem para dúvidas de como é melhor musical do século XXI. Inspirado num texto teatral de mesmo nome, escrito no século XIX, e censurado mais que 100 anos, sai um musical em 2007 na Broadway com um estilo pop-rock. Agora, está aqui parado no Novello Theatre. E neste Sábado vamos lá! Aqui fica um cheirinho.

Giselle - Royal Opera House

Gente leve que nos fazem leve.
Mexem-se como plantas
E aguentam-se como a Terra.
Leve, cada vez mais leve
Vem o sono que parece nunca ficar pesado.
Aquele sono que dá conforto
E faz-nos despreocupar de quando temos de acordar,
Se é que precisamos de acordar.
Só mais uma vida a dormir, só mais uma, eu prometo
Que já lá vou ter...
Se não me apetecer dormir mais um bocadinho.

Leve, leve,
Sou levado,
Neve, neve,
Sou nevado, no sono que é leve.

Construir O Nosso Ninho

Para que um rouxinol que amo continue a cantar.

Who's The BEST?!

“The Ambassadors” by Holbein as a Clear Reflection of the Renaissance Society and Thinking

Introduction
I shall be discussing the importance of “The Ambassadors” as an historical piece, pointing out the reasons and having a detailed approach to the meanings behind the art work. I shall also be talking about the Age of Discoveries and the society back in the time the painting was done. For that I will use the internet, and two books: “Inferno” by Alighieri and “Os Lusíadas” by Luís de Camões.

Analysis
The painting is Hans Holbein’s authorship. He painted it in 1533 and it’s an oil on oak. The dimensions of it are 207 cm × 209.5 cm and it is currently displayed in the National Gallery, in Trafalgar Square, London. We may observe the clear influences of the typical Netherlands’ style for instead of the actual transcription of what he is seeing, the painter paints objects with their own meaning, as symbols. Now, this is when the controversy starts, for we know what the symbols are but some have more than one meaning, as if they were representing two or more different/opposite things. For starters, let’s begin with the facts.

There are two globes (one terrestrial and one celestial), a quadrant, a torquetum, a polyhedral sundial and some textiles: the floor mosaic, and an oriental carpet on the upper shelf. There are two gentlemen standing and the way they are flanking the table enables us to see the books, musical and navigation instruments. The men are clearly not commoners, for their closes are very pompous, but let’s describe the instruments first.

In 1533 Vasco Da Gama had already found the sea way to India and Brazil had also been discovered. The link between Europe and the Orient becomes very strong at this point, and the same with the exploitation of African and South American colonies. For that reason, the navigation instruments were the top of technology at that time, as we can see some examples on the top shelf.

“Dou-vos tambem aquele ilustre Gama,
Que para si de Eneias toma a fama.”

“I shall also give you the wonderful Gama,
Whom Aeneas would like to have his fame.”

Luís de Camões (1974) Os Lusíadas, edited by Porto Editora, Porto/Lisboa.

This Age of Discovery was a big step towards Globalization. On the bottom shelf we can see two books and some musical instruments. Music represents culture and the origins. It also means entertainment and the exploration of the body, contrasting to the exploration of the world (going back to the Age of Discovery). Opposing that sinful interpretation on the musical instrument, we have an open church music book, too, showing the devotion to God despite the technology and all the power and highlighting the Renaissance gives to Mankind. The other book is a symbol of knowledge.

The two gentlemen are dressed quite differently. The one by the left hand side is dressed up as a noble, with some very posh clothes and a golden medallion around his neck. The other one is dressed as a cleric, a priest. These are the two engines of The Age of Discovery: the nobles as the people who planned the journeys and developed science through studies; and the Church by financially supporting the nobles as they took the chance to join them in order to spread the word of God.

As demystifying the truths the Church have spread over the Middle Ages, the rebirth of the Classics was a great deal for learned men, putting them in touch with philosophy and the relationship between men and death.

“O poeta guardou um pouco e depois disse: Ja que ele se cala, nao percas a ocasiao e fala tu; pergunta-lhe o que bem te aprouver.”

“The poet after a while said: Now that he is quiet, don’t waste this opportunity and speak yourself; ask him whatever you would like to know.”

Dante Alighieri (2007), A Divina Comedia, Edited by Publicacoes Europa-America, Lda, Mem Martins.

Death was always a mystery to men, as well as it still is for us today. In the bottom middle we may observe a skull painted in anamorphic perspective, which Holbein deliberately wanted it to be riddle. Now, if we pay close attention to meaning of the symbols we might conclude that there is heaven on the top shelf, the Earth (land of the living) on the bottom shelf and bellow it, we have Death, making the three worlds a Man can live.

There are obviously more interpretations of the symbols as we can find “The Ambassadors' Secret: Holbein and the World of the Renaissance” for sale online for on this website: http://www.reddotbooks.co.uk/ambassadors-secret-holbein-world-renaissance-p-2436.html

Conclusion
Despite the various possible interpretations, this brilliant painting sums up the Renaissance with the aim of showing off the top technology of the time as Mankind was developing very quickly in the fields of science, but also reflecting on the strong conscience of Christian Religion’s points of view on life and the contribution of the Church to Science. Personally it’s interesting to observe the relationship between Science and Church, today so separate, but back then so strongly linked in a co-operational way. The Middle Ages’ mentality is still very rooted, but men are taking the chance to start exploring the World, for there is pride in being in this picture accordingly to the gentlemen’s posture. It is also believed that the man on the right hand side is Georges de Selve, Bishop of Lavaur and the man on the left hand side to be Jean de Dinteville, Seigneur of Polisy, French ambassador to the court of Henry VIII for most of 1533.

Abrir Os Olhos E Não Ver

On my way home people walk through past me

On my way home people walk through past me
With a strange kind of dark sparkle in their eyes.
And as I think of a poem for my girl
The skies above light me in this darkness.
The people in a hurry are taken
By their sacred duties towards the World
While I'm driven by my sleepiness and love
They ensure the day of tomorrow to come.
One day I hope to contribute to them
For all I can do is dream about you
As life passes me by and I forget
My name, my time, my life, my pride, oh my.

Context Essay Jam Solo

25 de Abril (1789)

"You in the barracks listen to this! The people of Paris sleep in their beds, you have no chance, no chance at all. Why throw your lives away?"

25 de Abril (2009)

Dizer que o que se segue é atitude 25 de Abril, seria desvalorizar a minha própria atitude diária perante a vida. No entanto, acho que posso voltar a focar-me neste tema abertamente, já que costumo escrever sobre isto, mas numa forma mais dissipada.

Numa sociedade tao avancada em que já se vai 'a lua, há computadores portateis com acesso 'a internet para as classes médias, excelentes redes de transporte, será que ainda há motivo para protesto, ou estamos realmente perto do apogeu económico e político do Mundo?
Há Guerra e há fome; só por isso sou obrigado a conformar-me. Que tipo de prisao é esta em que todos afirmam que somos livres, em que podemos escolher os nossos líderes através de votos? A prisao comeca precisamente quando afirmam que somos livres - e é por aqui que vou comecar.


Uma pessoa nasce sabendo que vai morrer. A pessoa já está em contagem decrescente desde a primeira inspiracao e isso nem a ciencia deverá alterar, porque ainda somos parte da Natureza. O que o Ser Humano pode fazer é aproveitar o pouco tempo que tem vivo, explorando as áreas que gostam e vivendo ao máximo, levando uma vida ociosa ou extremamente activa, de acordo com o que preferirem - mas escolhendo! Uma das perguntas que nos fazem nos primeiros anos de escolaridade é "O que é que queres ser quando fores grande?". As pessoas estudam 15 anos seguidos para depois terem um emprego, para poderem sustentar-se, senao passarao dificuldades, e depois reformam-se e morrem pouco tempo depois. Quem nao seguir esta sequencia, terá problemas.

O dinheiro é a base da sociedade moderna, mas já vem de há muito tempo, refiro-me a todo o tipo de moeda. Qualquer trabalhador receberá créditos em forma de dinheiro como forma de recompensa. Esse trabalhador sai 'a rua e ve as cores dos anúncios que o incitam a gastar esses créditos. Passando a vida a trabalhar e a gastar os créditos, vamos sobrevivendo até ao dia da nossa morte, prestando pouca homenagem ao corpo e a alma, morrendo muitas vezes sem nos termos sequer conhecido. E para onde vai esse dinheiro? Vai todo para o Governo, em forma de impostos. Recebemos parte do salário, porque parte é descontada para impostos; seguimos para a rua para comprar algo para comer e parte desse dinheiro para impostos; a pessoa a quem compramos as coisas há-de querer comprar algo para si e voltará a pagar impostos - assim todos os salários do Mundo vao-se dissolvendo em impostos que vao todos parar a um só sítio: o governo. É um ciclo em que só um órgao beneficia. O Governo é o órgao que comeca as Guerras e que distribui o pao pelas nossas bocas. E sao estas as pessoas que dizem que és livre.


Proponho uma sociedade sem qualquer tipo de dinheiro em que as pessoas contribuam com o que mais gostam de fazer, deixando a maior parte do trabalho para as máquinas. Os bens básicos como a alimentacao, saúde, acomodacao e transportes deverao ser gratuitos na medida em que nada será pedido em troca. Haverá assim mais tempo para o desenvolvimento individual de forma a ajudar a colectividade. As nocoes de poder cairao de forma brusca e haverá muito mais justica ética e social.

Quando entro no metro em Londres e vejo o desespero das pessoas entrarem, espremendo-se todas, com medo de chegar tarde a um sítio faz-me pensar uma coisa: "Nao, nao somos livres."

Five Years In Love With The Same Lady

Crack him up so you can see what's inside
Let the soft breeze breathe over it
While people eat around our table
Which is full of our own food.

There is now a tempest outside
And everybody runs to hide
Leaving the body wide cracked wide open
Behind, shaking of fear.
But fear not, you!

For tomorrow you shall kiss
The most beautiful lady in the World.
She has everything there was to be earned.
Such an image I cannot come closer.
I did kiss her, and she never knew it.

She looked me in the eyes and made something
To me that I still don't understand.
She changed me and that is above me
For all I can give her back is love.

Blue eyes, long golden hair, frekles,
flamenco and those lips that defeat fear.
Love has the weirdest nationalities.
And big distances have become part of me
And of what I want.

I am in love with you.
And that hurts me bad
In a kind of good way.
I am happy
But sad.
I cry
Of happiness.
And the more I love you, the more I miss you,
the more "tenho saudades de ti".
And that makes me happy,
Chelsea Randall.
It's a good pain,
it's good.

Pink Floyd High On Skittles!

New Project Rolling

Richard Cant

Day 1 – 22nd April 2009

Jaccobeans, yayy! Right, we’ve just started working on the New Project before we crack on with the last one before Summer holidays: the mythical History Living Project. This one will last us for six weeks. We are doing scenes out of “The Changeling” by Thomas Middletown and William Rowley. Now, how do these two guys write a play together? Because there are two plots, the main one and the sub-plot, one took over each of them. Cool beans! Our director is called Richard Cant. He says he’s graduated from Central School of Speech and Drama twenty years ago and for the last ten years he has worked in Telly as an actor and started directing shows. It’s good to know who you are working with, therefore we finished a bit earlier so he could have small ten-minute interviews just to get to know us a bit better.

Basically, I am fucked. I have failed my articulation module last term, for my RP is still not good enough to be called RP. It’s good though, for I have clear aims to work on. Fortunately, by the end of this year, I may be abble to speak RP as myself fluently. This play is definitely going to be a challenge (“changeling”, that was close!) for I believe it is going to help me to change (“changeling”, there it is, ha!) my natural accent. But for the moment I am fucked.

Our homework is to prepare the sightreading of the scenes for tomorrow. It’s quite a long play (three hours length) and, despite I remained quiet when Richard asked the whole group if anyone has not read the play, I read the wikipedia synopsis for now and am about to read the whole play from the top now. Hurray!

Now, the play itself is quite interesting. If you are really interested, you might as well just pop into wikipedia and pleasure yourself.

We did a physical workshop. Did we roll on the floor like Autumn leaves and jumped and threw ourselves again on the floor? No, that is just silly. A Physical workshop, in oposition to a voice workshop, is working focusing on the body as a way of expression, using a few words here and then, as the voice workshop you would be exploring different resonances within your body and vocal range.

So, we played with status/stakes for the play is pretty much about social status and who tells whom to do what. We had an exercise with cards (from Ace to 10) in which in pairs we would play our level of authority (without the partner knowing which level we are playing) and interact using just the words “Yes”, “No” and “You”. Then, in the end, you would have to guess the numbers. We also had to walk from one side of the class to the other playing a number.

We did some exercises focusing on the iambic pentameter like walking in five tempus in “and one, and two, and three, and four, and five” scheme. “shall I comPAre THEE to a SUmmer’s DAY?” kinda thing.

And that was pretty much it, apart from the long talk Richard had with us, and “all that kinda thing” like Jimi Hendrix would say. Off I am to read the play. Hopefully I’ll write a page after every rehearsal. Ha, but I am hopeless!

Aquarium - Le Carnaval Des Animaux

Ali vai o Poeta

Ali vai o Poeta que amou sem pedir,
Que se entregou logo quando nasceu
Aos sofredores que teimam em partir,
E que chorou tanto que emudeceu.

Com as suas lágrimas alimentou o Povo,
Com as suas palavras a História
De um velho que para sempre será novo
Perdido no corpo, mas ganho na memória.

Ali segue o Poeta que se sacrificou
Porque achava que tinha de o fazer.
O tanto que soube e outro tanto que falou
De costas para o Mundo no amanhecer.

Pegou no Tesouro e levantou-o bem alto
Para todos verem de que é feito a vida.
Foi infeliz e foi dar a um planalto
Onde passam ovelhas mas há falta de comida.

Ali levam o Poeta que nada tem a dizer
Deitado no caixão que o Povo lhe escolheu.
Ali nos levam a nós, os Poetas fáceis de vencer,
Pela gente que nos ouviu mas nunca respondeu.

Falsos poetas que fazem a calma no sereno,
Dando amor a gente de coração pequeno.
Que os Poetas escrevem sem alento,
Enquanto nós fomos levados pelo sentimento.

O Prometido é Devido

"It was a good work Carlos, and the work you've done with Tim's character was evident and the relationship believable. Trust your instinct, go for it from the start. Much more focus and more positive attitude in the ensemble work, contributing more to the team work."

Prometido é devido e, como tal, de uma das notas mais fracas, em mês e meio, passei a uma das notas mais altas da Escola no último projecto - 65/80.

Não há cá pão para malucos, meus amigos.

FAQ
E como é que é estudar num dos cinco melhores conservatórios de Teatro do Reino Unido?
- Sabe a pato.

Vá, mais este período (Jaccobeans - oh no! - e Living History Project) e depois é América do Sul, como prometi no Natal. Este gajo é só promessas. hahaha

Post 300 - Destino

Ando sem saber para onde vou,
Mas sei como lá chegar,
De braços abertos, como a Baía,
Esse sítio de onde vim.

White Russian

É com muito orgulho que ponho aqui o video do primeiro concerto (17 Abril 2009) da banda do meu ex-parceiro numa banda que tive, e do meu melhor amigo, o Tony.

Navio Negreiro

Mensagem a todos os Adolescentes do Mundo

Atitude não é agressividade.
Paz e Amor para todos!

Preto Velho

An old Black man sheds a tear when asked by a reporter what it's like to be old, to be poor and to be black.

"Aquele preto, tão preto

Com aquela barba branca, tão preta..

E aquele olhar tão meigo de quem espera ganhar

um sorriso incolor.."

Secos e Molhados

"A fellow cynic once reminded me that in order to believe in the American Dream you had to be asleep."

A Kabuki actor once said,

"If you think that someone is a better actor than you, he is far, far superior. If you think that you are both the same, he is distinctly better than you. If you feel he is inferior, then the two of you are actually the same standard."

The Invisible Actor, Yoshi Oida.

This is a story from China

"Once upon a time there was a rich man who had four wives. The first wife was extremely beautiful, and he took her everywhere with him, and proudly displayed her to everyone he met. Whatever she asked for he bought her: jewels, fine silks, rare delicacies. He always bathed with her, and would humbly wash her from head to foot. Eventually she became extremely vain and conceited, and started ordering her husband about.
The second wife had been acquired after a lot of struggle. He had worked hard, negociated, and fought to gain this bride, for marriage had consolidated his position in the community. He loved her very much, and was pleased with this second marriage since it brought him a sense of security. Although he felt less real love towards this new wife (since he had been force to work so hard to gain her), he swore he would do anything for her. He told her that he was willing to become a cheat, a murderer, or whatever was necessary to ensure that she stayed with him.
His third wife was not particularly important to him. He felt mild affection towards her, since when he had first married her, she had been young and attractive. She had accompanied him on his frequent travels, mainly so that he could continue to enjoy a sexual relationship when away from home. But as time went on, he started to see her weaknesses and faults. He remembered that in the beginning it had been different, and this led to shouting and quarrels. He called her 'stupid2, 'insensitive', 'ill-educated' and 'idiotic'. They nearly divorced, but when she suddenly presented her husband with a baby, he decided to continue with the marriage.
The fourth wife was treated like a servant. The husband ordered her about, beat her, and never gave her any type of gift or praise. Not even kind words. The poor woman was in great dispair, since her husband loved her so little. Eventually she became weak and depressed, constantly worrying about her behaviour, and desperately trying to please her husband. She scuttled around the house, flinching in fear of yet another harsh word or blow.
One day the Government asked the man to undertake a long journey beyond the frontier of the empire. Since by now he was quite old, he didn't want to travel on his own, and decided to ask one of his wives to accompany him. He loved the first wife the most, and so he went with his request. When he asked her to come on the journey, she looked coldly at him, then replied, 'No. Never, never, never.'
With those words she turned back on him. The husband was very angry, but nothing he said would move her. So he went to the second wife, and made the same request. Her expression didn't alter as she continued brushing her hair. She responded with a single word: 'No.'
He was shocked by the heartlessness, and decided to approach the third wife. She was the one who organized the day-to-day running of the household, and looked after him when he was ill, so he felt she would be well qualified to care for him on this long and arduous journey. When he asked her to accompany him, she burst into tears, saying, 'I really want to go with you, but I must stay and look after the baby. Also, I am scared of going somewhere so unfamiliar. In fact I'm terrified. I'll go with you as far as the border, but after that, please forgive me, I can't go any further.'
He agreed to this and went off in search of his fourth wife. Since he hadn't treated her at all well, he was rather doubtful about her reply. But she said her job was to stay by the side of her husband, and stated that she was ready to go anywhere with him, even into Hell itself. The man was both surprised and touched by her willingness to accompany him.
The day of departure arrived. The first wife stayed in bed, refused to speak or even alter the coldness of her expression. The second wife reacted in the same way, saying nothing, not even wishing goodbye. The third wife was busy organizing all the details of the journey. She kept her word and travelled as far as the frontier. When they arrived there, she wept, kissed her husband, then turned and returned home. The man travelled on into this strange foreign country, accompanied by only his fourth wife.

So what are these four 'wives'? The first one is the body, the second is possessions, the third is your spouse, or relationships with people. And the fourth? It is your real self. The frontier is death; your body and possessions will not travel with you. Your husband or wife can go only as far as the border. The only one that stays with you is the one you have so badly abused; yourself."

The Invisible Actor, Yoshi Oida.

Amor nos olhos

Raquel dos olhos verdes que se perdem
Fica deitada na relva virada para o céu
Segue as nuvens que cantam e se despem
Suspirando pelo dia em que usará o véu.

Comandas o Mundo com os teus lábios sem dono
Frios por fora, mas quentes em chama por dentro do cimento
Sabes que haverá vida, apesar de ser Outono
E dancam os teus cabelos dourados 'a vontade do vento.

Movem-se os moínhos com as águas passadas
E regam os campos do meu futuro
Fazendo brotar rebentos nas paisagens privadas
Neste solo macio, que outrora fora duro.

Neste mesmo campo um dia serás encontrada
Em paz, na tua tão necessária solidão,
Num misterioso prado de flores deitada
Para provar ao Mundo que sempre tiveste razão.
E até sempre continuarão felizes estes olhos cor de mel
Tingidos por um sonho chamado Teresa Raquel.

Clouds as memories

When I was born
A tall man dressed in white
Spanked me until I cried.

From that day on
I kinda stopped being a kid
And into this dream state I slid.

Levitar

Fantástica é a forca da gravidade que diz 'a chuva para onde vai,
Que faz uma cultura cair, se for preciso,
E a lua ficar por perto.

Enorme é a grandeza do céu que dá tecto 'as nossas cabecas,
Pendurando nuvens e estrelas 'a noite
Para irmos sonhando.

Grande é o mar, aquilo que comecou por ser água e sal
E hoje é a alma de um povo
E a minha também.

Forte é o vento que nos agita na nossa vida passiva
Como se fossemos velas num bolo
E alguém precisasse de fazer anos.

Imortal é Portugal, país pequeno de gente grande,
Para sempre Descobridores, e que tem
A gravidade, o céu, o mar e o vento, não como prisioneiros
Ou sequer aliados, mas como amigos,
Que o Mundo está em guerra
E a única coisa porque Portugal luta
É por continuar a ser quem é.

Quantas palavras são precisas para escrever um poema?

Uma:

"Amor".

A Procura

Beijas o destino
Como quem beija um amigo
Não fiques para trás
Não fiques sozinho
Que amor?
O que te empurra para a frente

Segues em caminho
Um pouco perdido
Sumo de ananás
Que te sabe a vinho
Que dor!
Esta é um pouco diferente

Ovelhas comem linho
Num pasto grande, vazio
Quem não controla o que faz
Fica pequenino
Muda de cor
Muda-se completamente

Procuras um focinho
Num corpo despido
Noites frias e más
Aguenta-te um bocadinho
É vapor
As palavras da gente

Eu já perdi o tino
E sei que estou mendigo
Uma rosa lilás
No teu jardinzinho
Que flor?
Sou uma besta preza 'a corrente

Spring Holidays' Poem

Infinity doesn't start with me
Although I am a dot.
My love, look what you've done to me
And I was just a dot.

The time doesn't run for me
Although I am a tiny second
My love, now look at me
I was just a second.

Expelled from Time
Fighting the mirrors of my life
I'd be on my own.
You are my wife...

It's good to be back!

Cascais Tem Mais Encanto Na Hora Da Despedida

"Não é tarde, nem é cedo:
É um dedo no cú."

Uma Interpretação Existencialista Da Vida

Ditados

Cedo deitar e cedo erguer?
Manda-os mas é foder!

Behind the Scenes

The Journalist, the Vulture, and the Child

Wednesday April 12, 2006

The haunting photo of a vulture stalking an emaciated Sudanese girl who'd collapsed on her way to a feeding station won photographer Kevin Carter a Pulitzer Prize in 1994. Carter also become notorious for sticking to the journalistic principle of being an observor and not getting involved -- he left after taking his photo and neither he, nor the New York Times, which first published the photo on 26 March 1993, knew what happened to her. (Looking at the photo, it's hard to imagine a pleasant ending.) A few months later after collecting his Pulitzer, Carter committed suicide, the violence he'd encountered in his life as a journalist, especially in South Africa, becoming too much to live with.

Outro blog

http://www.eyecatchypics.com/2008/09/07/photos-that-changed-the-world-part-1/

Imagens que valem mais de mil palavras.

Burning Monk

"As a protest to the Diệm slow and unreliable reforms in Vietnam, the Buddhist monks have resorted to immolation, such as this Mahayana Buddhist monk, Thỉch Quảng Đức. Đức burned himself alive across the outskirts of Saigon, mainly because of the harshness done by the South Vietnam government to his fellow Buddhist monks.

Đức was re-cremated after he burned himself; his heart meanwhile remained in one piece, and because of this he was regarded as a Bodhisattva by the other Buddhist monks and followers. His act of self-immolation increased the pressure on the Diệm administration to implement their reform laws in South Vietnam.

More monks followed Đức’s footsteps as well, and later on in November 1963, Diệm was killed by an army coup."

Homens de plasticina

Homens de plasticina a esticar-se
Porque querem ser mais que o que são.
Será que vão modificar-se?
Dizem que uns sim, outros não...

Anjos

Os anjos fazem amor e não têm sexo.
Trocam saliva molhando-se só por dentro,
Lacrimando interiormente em felicidade e amor.
Falam dos vivos que sofrem de dor.
Compreendem, mas esquecem.
Beijam e adoecem
Sem ficar doentes ou vencidos,
Anjos dum exército de prevenidos.

Gente vivida de emoção e calor.
Gente que se perde e se vence.
Gente que nunca terá valor.
Gente que nunca erra ou aprende.

Porque amar não é um erro, nem castigo,
É antes um dever e um compromisso,
É um favor a toda a humanidade,
É o força desta irmandade.

E quem são estes anjos de que falo,
São só anjos obscenos e derrotados?
A eles eu pertenço e aqui me calo,
Pois não sou Deus, nem um dos seus escravos.

O que fazer para a eles pertencer?
Que mais dar para além de um abraço e um beijo?
Dou-vos tudo, porque nada tenho a perder
Que apesar das feridas, nunca me aleijo.

Sou cicatrizes e palavras de sempre na pele,
Já fui vencido por este fado cruel,
Mas se eu me tivesse rendido,
Já ter-me-ia entregue, perdido.

Digo-te apenas o que vi e o que sei,
Sei que és capaz, porque eu também o fiz.
É possível nascer e morrer Rei
Ouve o que este anjo te diz.

Despreza o amor e ódio terás,
Ama com o corpo e nada encontrarás.
Nunca te deixaremos cair na desgraça,
Porque a gente, como nós, que ama
Encontras em toda a parte,
Na rua,
Na praça,
Na tua,
Na minha,
Na tua mãe,
Teu ancestral,
Em todo o nosso
Portugal.

Porque te amamos.
Não por opção,
Assim felizmente nos lamentamos,
Por amor - já disse - e não por razão.

Por opção?
Não...
Nunca foi por razão.
Mas assim somos,
Fracos na força que Deus;
Elevando-nos aos Céus,
Marcando os passos do destino,
Vencendo os prados brancos,
Que não vês
Enquanto não abrires os olhos.
Que não sentes,
Enquanto não entregares o corpo.

Não te mates:
Sacrifica-te!
Não te gastes:
Imortaliza-te.

E vem ter connosco.
Senta-te neste muro que não tem fim.
Neste muro de tijolos acentados pelos teus pais,
Senta-te. Sente o muro do futuro.
Sente o muro que é do futuro e do passado.
Deixa-te cair para trás e flutuar,
Que o tempo já parou
E para cima é só ar.

Ar que sopra e nos leva a inteligência,
Que um homem não compreende tudo.
Que nos leva a adolescência,
Que nos faz um velho surdo e mudo,
Mas com sentidos!
Com emoção!
Com a arte
Na junção,
Entre aquilo que se entende
E aquilo que se quer aqui,
Nasce um anjo que te mente
E que se mata por ti.

Imortalidade para quê?
Serenidade para quê?
Os anjos nasceram para lavrar a terra
E para um dia se enterrarem nela.

A Poesia Não Tem De Ser Triste

Que me falem de coisas alegres
E daquilo que pode acontecer.
Que me matem de febres,
Que cá estarei no amanhecer.

Vivamos na verdadeira escuridão
Aonde o amor é o guia mais forte.
Que tudo na vida tem solução,
Tudo, à excepção da morte.

E se for para morrer que seja!
E que seja já hoje de manhã,
Porque quem vive como quem beija
Não espera pelo dia de amanhã.

Gritem os cabelos e as borbuletas,
Que se soltem as lágrimas dos pré-destinados.
Quem anda em pé, com pernas ou de muletas,
Pode sempre mudar arrepender-se dos seus pecados.

Mas é preciso seguir de olhos fechados
Com os sentidos bem abertos.
Precisamos de ser amados,
Apesar de inseguros, fracos e incertos.

Temos sentimentos e não razão.
Nós somos artistas do nosso Mundo.
Nas mãos levamos o coração,
E, no peito, o que há de mais profundo.

É possível viver e escrever sobre a felicidade.
Nada está perdido, e há tanto para vencer.
Partilhemos todos esta cumplicidade
De ser feliz sabendo que um dia vai morrer.

Deixemos os feitiços, deixemos de inventar,
Vivamos sempre até chegarem os dias seguintes.
Deixemo-nos de ódio e de nos armar,
Somos todos pedintes

Sejamos felizes também.
Sejamos exemplo para a geração que lá vem.

Gato Preto, Gato Branco

Conversas com o Mar

Adultos de Pedra
Feitos e Crescidos.
Aprenderam a Quimera,
Perderam os Feitiços.

Crianças Apedrejadas
Pegam agora nos Ferros
Acabando Cristalizadas
Num Pesadelo aos Berros.

De Amor em Amor
Passamos na Maresia.
Quem rejeita a dor
Rejeita a Poesia.

O que havemos de fazer?
Pergunta-me o Mar.
Quem sou eu para responder,
Que Só nasci para Amar.

Escrevo Para Não Morrer

Escrevo para não morrer
E para pouco sofrer.
Faço novas regras todas as vezes
Que pego neste tabuleiro.
Brinco com o fogo,
E queimo o dinheiro.
Fico sem alma e sem corpo,
Mas sempre inteiro.

Beijo aquilo que não se conhece,
É tudo escuro quando se amanhece
No leito de um passado contente
Feito num futuro para sempre.
Brinco com o tempo
E gasto o presente.
Fico codificado em poesia
Num papel que cheira a maresia.

Entrego porque nasci para oferecer,
Já que nasci e um dia vou mor...
No vento encontro solução,
No medo a multidão.
Brinco com o espaço,
E no papel me desfaço.
Fico puro e verdadeiro,
E só o tempo leva-me

inteiro.

Mares Que Só Se Sentem

Quantas vezes já me sentei a parei para sentir como estou. Saimos todos os dias de manhã cumprimentando todos que passam por nós. São raras as vezes que cumprimentamos o nosso ser, nós próprios, que sempre nos acompanhamos. Tantos heróis trágicos que têm um companheiro para a Viagem, mas até esses passam momentos sozinhos. E o que é estar sozinho, senão um encontro com nós mesmos? É uma missa religiosa que fazemos a nós próprios, muitas vezes para nos confessarmos, pedir conselho ou discutir algo que nos disseram e que nos marcou.

Na hora do jantar, só, pus-me a conversar comigo, a ouvir o que o meu corpo me dizia, o que o meu coração tinha visto que eu fingi não ver. Ouço água dentro de mim. Ouço corpos cá dentro a tomar banho de água quentes, relaxados, descansados e a brincar. Sinto os corpos a quererem sair para me abraçar, para dizer que me amam. Estou naquela parte da vida em que precisa mais de ouvir "amo-te" do que dizer. Para mim é demasiado fácil dizer que te amo, assumir o que quer que seja, porque afinal de contas, já não tenho nada a perder - ouço dizer de dentro de mim - porque preciso. Também ouço dizer que preciso, isso é verdade. Mas não sei o que é: se é amor, se é do passado, se é de avançar rápido para o futuro. Diz-me o mar que trago cá dentro que estou carente. E era disto que eu queria falar, era isto que eu queria dizer ao Mundo, era esta mensagem na garrafa que deu à costa que eu queria trazer à população.

Mas logo de seguida veio outra garrafa bater na areia da praia. Uma mensagem que não era para mim, mas que abri e li. Gostei do que li. Fez-me bem ler aquilo. E foi assim que o mar se voltou a agitar. Este mar de marés, que sobe e desce e, normalmente, por tão pouco. Haja piedade de nós seres que sentimos. Que ninguém domina este mar, que tantos já lá morreram, mas que pelo qual Portugal já deu novos Mundos ao Mundo. Que venha um onda e me leve com ela! Que apesar do meu signo, eu não sou peixe, eu sou um navegador e quero cair nas profundezas lutando por aquilo que defendo, como o Moby Dick.

O Homem é a Mulher. E a Mulher é a musa do Homem. Por isso, Mar, deixa as mulheres em Terra, não as leves, leva antes os homens, leva-me antes a mim!

More Than Medication

Emily Bear

O Fantasma

Voltar aos amigos, às cores da nossa infância e aos mesmo cheiros do passado e descobrir que tudo mudou tirando aquilo que não mudou nada. Descobrir que as pessoas respiram como o Mundo, e como o Mundo envelhecem e se tornam pedras do chão, neste mundo de areia movediça. São os queixosos que lutam parados pela mesma coisa há anos, e há anos que são vencidos e sem saber porquê. São estas pessoas que abraçam o que lhes aparece, sem saber o que é, mas apenas porque nasceram para amar. "Apenas para amar"... Que glória poder reduzir isto a um "apenas".

Corro, e ando (mentira, eu nunca corro, eu cambaleio) por essas ruas que são tão minhas como as de qualquer estrangeiro. Passo pela praia que me marcou com esta - gosto de lhe chamar - "tatuagem branca" que trago no peito. Conduzo o carro da minha mãe, uma senhora que é cada vez mais senhora, uma mulher que é cada vez mais portuguesa. E o carro? O carro sou cada vez mais eu. Uma peça de maquinaria que nasceu para ser melhorada, para melhorar o bem estar do povo. É o palhaço que não ri.

Vêm os meus amigos, as minhas amigas, os que me ofereceram cama, as que se deitaram comigo, e abraçam-me ao de leve. Tanto tempo fora, e tanta leveza naqueles abraços. É falta de força? Não. É porque eu já morri. Eu sou um fantasma. Eles já só têm memórias de mim, cada vez que apareço estou mais diferente, eles lembram-se de um Carlitos que eu já me esqueci. Há uma falha no tempo.

Qualquer herói ter-se-ia revoltado, teria tentado ressuscitar este Messias que ainda não parou de sofrer. Mas eu tenho já o vôo de regresso marcado para daqui a uma semana. O vôo para continuar esta viagem de sofrimento.

E avó e mãe, mulheres de Portugal, que limpem essas lágrimas que sofrer já não dói e este caminho é uma descida para o submundo. "A descer todos os santos ajudam". E o Fantasma desce, solitário na sua rebeldia, mas apaixonado na sua caminhada.